Boletim CVM

Fiagros crescem 204% em 2 anos, com patrimônio de R$ 44,7 bi

Outro avanço foi registrado no número de fundos operacionais de Fiagros também, que subiu 42% de março de 2024 para março de 2025

Foto: CanvaPro
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O Boletim CVM (Comissão de Valores Mobiliários) divulgado nesta segunda-feira (26), revelou que os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) cresceram 2,04% entre março de 2023 e março de 2025, com um patrimônio líquido que passou dos R$ 14,7 bilhões para R$ 44,7 bilhões.

Seguindo a mesma base comparativa, o volume de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) também teve um crescimento de 42%, saltando de R$ 110 bilhões para R$ 156 bilhões. 

A performance de ambos os ativos foi superior à média do mercado, que teve um aumento de 16,1% no período, saindo de R$ 13,75 trilhões para R$ 16 trilhões.

Enquanto isso, outro avanço foi registrado no número de fundos operacionais de Fiagros também, que passou de 102 em março de 2024 para 145 em março de 2025, o que equivale a um aumento de 42% em 12 meses.

A liderança da quantidade ficou por conta da categoria Fiagro-FIDC, com 48% do total de fundos.

A composição das carteiras de Fiagros

Os CRIs e CRAs são os ativos mais encontrados nas composições de carteiras dos Fiagros, somando R$ 13 bilhões, o equivalente a 49% do total investido, segundo o InfoMoney. 

Já entre os CRAs, as debêntures têm sido os principais instrumentos de lastro, com R$ 57,8 bilhões (37% do estoque), seguidas por direitos creditórios (32%).

No quesito remuneração, as emissões de CRA são majoritariamente (54%) atreladas ao IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) e 94% das operações são concentradas, sendo assim,  mais de 20% do lastro está vinculado a um único devedor. 

Além disso, cerca de 52% dos títulos são direcionados a investidores profissionais, e outros  88% das emissões têm vencimento entre três e dez anos, segundo o veículo.

A CVM também informou que o volume financeiro do agronegócio no mercado de capitais passou de R$ 426 bilhões para R$ 534 bilhões no mesmo período considerado na pesquisa dos Fiagros, com um crescimento de 25%. Com isso, a participação do setor no mercado total subiu de 3,10% para 3,35%.