
No início de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central optou por elevar, mais uma vez, em 0,50 ponto percentual a Selic (taxa básica de juros), levando a taxa a 14,75% ao ano.
Apesar de o mercado ainda estar dividido, a maior parte dos analistas e gestores acredita que essa alta pode marcar o fim do atual ciclo de aperto monetário.
Com isso, a tendência a partir de agora pode ser de estabilização da taxa de juros, a depender dos próximos dados econômicos.
A analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma, está entre os que compartilham dessa visão. Antes mesmo da decisão do Banco Central, a especialista já defendia que esta deve ser a última alta da Selic.
Além disso, Quaresma apontou que esse cenário abre uma janela para investir em ações que podem se beneficiar de uma possível queda nos juros.
Nesse contexto, Larissa aposta que duas ações estão mais preparadas para “surfar” esse momento. A especialista também afirmou que, após a última decisão do Copom, a principal discussão deve ser sobre quando os juros começarão a cair.
Perspectivas e Impactos da taxa Selic
Segundo o último Relatório Focus, a Selic deve se manter nos atuais 14,75% até o final do ano. Contudo, de acordo com a Exame, o mercado costuma antecipar movimentos. Assim, a perspectiva de redução dos juros em um futuro próximo já pode trazer ventos positivos para um grupo específico de empresas: as cíclicas domésticas.
O desempenho dessas companhias está diretamente ligado ao ciclo econômico do país e à capacidade de consumo da população. Logo, em um cenário de juros elevados, as ações dessas empresas tendem a sofrer mais do que outros papéis.
Por outro lado, quando os juros recuam e o consumo cresce, o desempenho dessas empresas tende a melhorar. Assim, suas ações podem apresentar desempenho superior ao de ativos de outros setores.