
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (26) com alta de 0,23% aos 138.136. O dólar comercial subiu 0,52%, a R$ 5,67.
Em um pregão mais volátil, o Ibovespa conseguiu se manter no patamar positivo, mesmo não contando com os índices de Wall Street, que estiveram fechados devido ao feriado do Memorial Day.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com queda de 0,10%, a US$ 99,01.
O mercado brasileiro ainda repercute as mudanças do governo federal no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O recuo da equipe econômica em parte da medida acalmou um pouco mais os investidores, mas a perspectiva ainda segue negativa.
“No decorrer do caminho, o Haddad acabou cedendo, flexibilizando a parte dos investimentos de fundos que até então era isento. Então, na verdade, ele deve ter recebido algumas ligações de dirigentes do mercado financeiro para não fazer isso e não perder a credibilidade internacional, e ele voltou atrás. Ainda bem porque senão a crise seria ainda maior”, disse Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.
Já no cenário internacional, a política tarifária de Donald Trump, presidente dos EUA, segue em pauta. O republicano havia imposto tarifas de 50% sobre os produtos da União Europeia, no entanto, ele recuou na decisão e adiou as tarifas para o dia 9 de julho, o que causou mais alívio aos mercados.
“Na contramão e nas quedas, tivemos a bolsa de Hong Kong. O Trump está pressionando muito a Apple, que faz chips e muitos semicondutores e Hong Kong é um grande líder nessa produção e o Trump está pressionando, já disse que vai aumentar a taxação diretamente se eles não trouxerem esse tipo de produção para os EUA”, prosseguiu Correia.
No radar corporativo, o Ibovespa não pôde contar muito com a ajuda de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), duas das ações de maior peso no índice.
Enquanto isso, a Raízen (RAIZ4) liderou as perdas, com os investidores reagindo mal ao processo de reestruturação da empresa, que vendeu recentemente alguns de seus ativos para o Pátria Investimentos.
Os frigoríficos também seguiram na linha negativa, ainda por consequência das suspeitas de casos de gripe aviária, que causaram a suspensão da venda do frango brasileiro para diversos mercados.
Do outro lado, as ações da Braskem (BRKM5) tiveram ganhos firmes com a repercussão da proposta feita pelo empresário Nelson Tanure pela petroquímica. O negócio incluiria um investimento de US$ 100 milhões em uma empresa controlada pela Novonor (antiga Odebrecht, segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo.
Além da injeção de capital, a proposta também incluiria possibilitar à família Odebrecht a manutenção de uma fatia de 4% na Braskem, mesmo com a mudança no controle da petroquímica.
A Assai (ASAI3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 5,97%. Logo atrás, Azul (AZUL4) subiu 4,81%. E Braskem (BRKM5) teve ganhos de 4,15%.
Já na ponta negativa, Raízen (RAIZ4) liderou as perdas, caindo 7,94%. Em seguida, JBS (JBSS3) perdeu 3,63%. E Petz (PETZ3) caiu 3,13%.
Altas e Baixas do Ibovespa
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram 0,07% e recuaram 0,32%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 0,64%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,57%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,23%. Usiminas (USIM5) valorizou 0,38%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 0,21% e 1,02%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,51% e 0,90%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,44%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 2,34%. Casas Bahia (BHIA3) equilibrou em 0,00%.
Índices europeus
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta segunda-feira (26). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,68%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,21%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,99%.