
O empresário Nelson Tanure e o grupo Novonor (antiga Odebrecht) deram um passo decisivo nas negociações pelo controle da Braskem (BRKM5).
De acordo com informações apuradas pelo Valor Econômico, as partes assinaram um acordo de exclusividade de 90 dias para estruturar uma possível transação, acirrando os ânimos do mercado e elevando as expectativas sobre o futuro da petroquímica brasileira.
Fontes consultadas pelo Valor indicam que a proposta de Tanure não prevê uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os acionistas minoritários. Ou seja, caso a transação se concretize, não será obrigatória a compra das ações dos minoritários — um movimento que geralmente ocorre em operações de mudança de controle.
Além disso, não há cláusula de “tag along” — mecanismo que protege os acionistas minoritários em caso de venda de controle, garantindo o mesmo valor pago ao controlador.
Impacto no mercado: ações, governança e confiança da Braskem
Essa configuração da proposta pode trazer volatilidade para os papéis da Braskem (BRKM5), especialmente por parte dos investidores de varejo e institucionais que esperavam um eventual prêmio via OPA.
O modelo desenhado indica uma operação centrada no acordo entre Tanure e a Novonor, sem um desfecho que envolva a totalidade do capital social da companhia.
Analistas do mercado já sinalizam que a ausência de OPA e de “tag along” pode ser mal recebida por parte dos acionistas minoritários, o que pode influenciar nas estratégias de governança corporativa e percepção de risco em relação à Braskem nos próximos meses.