A Agência de classificação de risco (Moody’s), decidiu rebaixar a perspectiva de crédito do Brasil de positiva para estável, dificultando a recuperação do grau de investimento pelo país em um futuro próximo.
A Moody’s destaca que o ritmo de avanço no controle dos gastos públicos, e na consolidação da confiança na política fiscal está abaixo do esperado. A agência reconhece os esforços para o crescimento do salário mínimo, mas propõe mudanças mais profundas para desacelerar o gasto e controlar as expectativas de inflação.
Dívida pública deve atingir 88% do PIB, diz agência
Um dos pontos centrais do relatório da Moody’s é a projeção de endividamento do governo brasileiro. A estimativa atualizada indica que a dívida pública deve se estabilizar em 88% do PIB, número superior à previsão anterior, que era de 82%.
A agência reconhece as medidas adotadas para ampliar o salário mínimo e os repasses sociais, mas afirma que esses avanços não foram acompanhados por cortes ou controles em outras áreas do orçamento federal.
Trump anuncia o aumento das tarifas
Nos EUA, o presidente Donald Trump anunciou aumento das tarifas de aço e alumínio de 25% para 50% a partir da próxima quarta-feira (4).
Em pronunciamento à imprensa, Trump justificou a medida como uma ação necessária para proteger a indústria americana.
“Não vamos permitir que aço seja vendido no exterior sem a devida proteção. As taxas protegem o aço dos EUA contra dumping. Ninguém vai evitá-las”, disse.
A medida de Trump acontece em um contexto de agravamento das tensões com a China, após acusações recíprocas de descumprimento da trégua comercial firmada no início de maio.
A China respondeu às acusações, rebatendo as falas do governo norte-americano e prometendo defender seus interesses econômicos e comerciais. O cenário elevou o alerta nos mercados globais, que já registram volatilidade nos preços de commodities
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, buscou acalmar os ânimos, expressando confiança de que as divergências serão resolvidas na conversa telefônica entre Trump e Xi Jinping.