As BDRs da Nvidia (NVDC34) ganharam força na bolsa brasileira (B3) após seis meses marcado por volatilidade e profundas correções. Após atingir a mínima do ano em R$ 10,67, os papéis reagiram com força e retomaram a trajetória de alta, acompanhando o desempenho das ações da companhia nos EUA, impulsionado pelo forte desejo mundial por empresas ligadas à inteligência artificial e semicondutores.
Esse movimento recoloca o ativo em uma zona técnica importante, reacendendo o interesse de investidores atentos ao cenário de retomada.
Análise técnica das BDRs da Nvidia
No gráfico diário, as BDRs da gigante chinesa dos chips fecharam com uma valorização de 1,98%, cotadas a R$ 16,82. Com esse desempenho, acumulam uma alta de 3,31% no mês de junho, embora já tenham registrado uma queda de 7,19% em 2025.
O movimento de recuperação teve início justamente a partir da mínima do ano (R$ 10,67) e ganhou notoriedade com a retomada do fluxo comprador, empurrando os preços para acima das médias móveis.
No momento, o ativo realiza um movimento de correção até as médias de curto prazo. Caso confirme a retomada e supere a resistência em R$ 16,94, pode voltar a testar o topo histórico, quando atingiu o valor de R$19,47 por ação, segundo projeções da exame.
A superação desse patamar abriria espaço para alvos arquitetados nas faixas de R$ 19,70, R$ 20,77, R$ 21,25 e R$ 21,74.
No entanto, ao atingir as regiões de R$ 16,04 e R$15,26, pode indicar o início de um movimento corretivo mais forte. Nesse cenário, o ativo teria como suporte imediato a região de R$ 14,64, com potenciais alvos em R$ 12,18 e retornaria à mínimo do ano em 10,67.
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Essa revigorada acompanha a situação nos EUA, onde a Nvidia (NVDA) teve forte alta de 2,93% e acabou ultrapassando a gigante americana Microsoft como a empresa mais valiosa do mundo. Hoje, a companhia está avaliada em US$ 3,44 trilhões.
As ações da Nvidia dispararam 45% nos últimos dois meses e a recuperação acontece após um trimestre de resultados que impressionam a todos. A empresa obteve uma receita de US$ 44,06 bilhões, superando as expectativas de Wall Street e registram um aumento surpreendente de 69% em comparação ao ano passado.
Guerra Comercial
Apesar de enfrentar desafios, como a perda espera de US$8 bilhões em receita devido às novas políticas de controle de exportação de chips do Governo Trump, a confiança do mercado e dos investidores na companhia chinesa continua em alta.
Jensen Huang, CEO da empresa, expressou durante a teleconferência de resultados uma insatisfação com as restrições de exportação, especialmente em relação ao mercado chinês, que representa uma das maiores bases de pesquisa em inteligência artificial do planeta.
“Hoje, no entanto, o mercado chinês de US$ 50 bilhões está efetivamente fechado para a indústria dos Eua”, afirmou Huang.
Além da Nvidia, as ações do setor de semicondutores como um todo subiram essa semana, com o VanEck Semiconductor ETF crescendo 2% e empresas como a Micron Tcchnology registrando ganhos de até 4%.
