Ao contrário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é mais aprovado do que desaprovado pelos brasileiros, e o apoio ao seu trabalho vem até subindo.
Foi o que revelou a recente pesquisa PoderData de avaliação do governo Lula, divulgada nesta quarta-feira (4).
O levantamento mostra que a desaprovação do presidente subiu de 53% da última pesquisa para 56% nesta mais recente, o patamar mais alto deste mandato.
Já em relação ao trabalho do ministro da Fazenda, a percepção dos brasileiros é diferente. Inicialmente, a pesquisa identificou quantos conheciam o ministro, e esse percentual alcançou 86%.
Em seguida, o instituto PoderData perguntou apenas aos que conheciam o ministro como avaliavam o trabalho de Fernando Haddad até o momento.
A pesquisa revelou que 34% dos entrevistados afirmam que o trabalho do ministro é “regular”, e outros 32% disseram ser “ótimo ou bom”.
O percentual regular se manteve estável em relação à última pesquisa, feita em março, mas as menções “ótimo/bom” houve elevação de 29% para 32%.
Haddad teve queda nas avaliações negativas
Em sentido contrário, houve queda entre os que consideram a atuação “ruim” ou “péssima”. Esse percentual caiu de 24% em março para 21% em maio.
Em outro recorte, o Instituto PoderData cruzou os dados de avaliação de Haddad com a declaração de voto dos entrevistados no segundo turno de 2022.
O ministro Fernando Haddad foi melhor avaliado no grupo que votou no presidente Lula: 38% dizem que seu trabalho é “bom” ou “ótimo” e 18% declaram ser “ruim” ou “péssimo”.
No grupo que afirma ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a avaliação positiva do ministro cai para 26%. Os que consideram Haddad como “ruim” ou “péssimo” somam 26%.
Já na estratificação por região, é no Norte que está a melhor avaliação da atuação do ministro: 38% dizem que seu trabalho é “ótimo” ou “bom”.
Logo a seguir, as regiões avaliam o ministro da Fazenda como “ótimo” ou “bom” com os seguintes percentuais: Nordeste 37%, Sul 33%; Centro-Oeste 29%; Sudeste 28%.
E é no Sudeste e no Centro-Oeste que estão as piores avaliações de Haddad: 23% de menções “ruim” e “péssimo” em ambas as as regiões.
A avaliação negativa ao chefe da equipe econômica aparece assim distribuída nas demais regiões: Sul 22%; Norte 18%; Sudeste 17%.
Avaliação do ministro por renda do entrevistado
Em relação à renda dos entrevistados, a maior rejeição ao trabalho do ministro está na faixa dos que ganham mais do que cinco salários mínimos, com 26% de “ruim” ou “péssimo”.
Na faixa de dois a cinco salários mínimos a avaliação negativa é de 23%, e os que ganham até dois salários mínimos marcam 19% de “ruim” ou “péssimo”.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 31 de maio a 2 de junho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos.
Ao todo, foram realizadas 2.500 entrevistas em 218 municípios distribuídos pelas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.