Pré-mercado

Café com BPM: bolsas operam em queda após ataque de Israel ao Irã

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que as operações continuarão por quantos dias forem necessários

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Frrepik

As bolsas globais operam em queda, nesta sexta-feira (13), à medida que os mercados internacionais repercutem a forte alta do petróleo, de quase 10%, na véspera, após Israel ter lançado ataques em grande escala a instalações nucleares do Irã.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que as operações continuarão por quantos dias forem necessários.

Fontes do governo israelense afirmaram que esse não é um ataque de um dia só. Com o desdobrar da situação, investidores corriam para o dólar, o iene, os Treasuries norte-americanos e os títulos do Japão. Comunicado da Casa Branca informou que os EUA não estão envolvidos.

EUA

As bolsas norte-americanas devem refletir as tensões geopolíticas no Oriente Médio. Isso porque a alta do petróleo, decorrente do ataque de Israel ao Irã, gera receios em relação à inflação nos EUA.

Diante desse cenário, investidores estão realocando capital para o dólar, títulos do Tesouro e ouro — o rendimento do título de 10 anos dos EUA recuou para cerca de 4,35%, enquanto o ouro flerta com valores recordes. O movimento reduz a liquidez e pressiona ações de risco, especialmente nos setores ligados a viagens e consumo.

Vale lembrar que o investidor segue atento ao provável adiamento do corte de juros pelo Fed (Federal Reserve), o banco central dos EUA, que deve ficar mais distante diante dos riscos inflacionários.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -1,13%

S&P 500 Futuro: -1,13%

Nasdaq Futuro: -1,44%

Bolsas asiáticas

Assim como nos EUA, as bolsas asiáticas sentiram os efeitos dos receios dos investidores em meio às tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Nesse cenário, o iene passou a ser considerado um dos ativos de segurança pelos investidores.

Shanghai SE (China): -0,75%

Nikkei (Japão): -0,92%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,59%

Kospi (Coreia do Sul): -0,87%

ASX 200 (Austrália): -0,21%

Bolsas europeias

As bolsas europeias seguem o mesmo tom dos principais mercados globais, com investidores repercutindo a escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio. O movimento disparou o preço do petróleo, pressionando os custos energéticos e aumentando o risco de desaceleração global, o que afeta diretamente ações de companhias aéreas e setores sensíveis à commodity.

STOXX 600: -0,92%

DAX (Alemanha): -1,57%

FTSE 100 (Reino Unido): -0,45%

CAC 40 (França): -1,17%

FTSE MIB (Itália): -1,45%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (12) com alta de 0,49%, aos 137.799,74 pontos. O dólar comercial subiu 0,07%, a R$ 5,54.

A sessão começou turbulenta após a repercussão ao MP de alternativas ao aumento do IOF. Os investidores estavam no aguardo da fala de Fernando Haddad, às 10h. Nem o mercado e nem o Congresso gostaram muito das medidas incluídas, entre elas mudanças no CSLL e no IR.

A maré começou a virar durante a tarde, graças aos bancos Bradesco PN (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Rumo (RAIL3) e à Petrobras (PETR3 e PETR4). As ações da petroleira “se animaram” após Fernando Haddad anunciar que está negociando com as estatais para o pagamento de dividendos extraordiários para o cumprimento da meta fiscal.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 06h00 – Zona do euro/Eurostat: Balança comercial e Produção industrial de abril
▪️ 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços de abril
▪️ 09h00 – Fazenda: Secretaria de Política Econômica divulga estudo sobre impactos da reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física
▪️ 11h00 – EUA/Univ. Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor preliminar de junho e Expectativas de inflação em 1 ano e 5 anos
▪️ 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
Eventos
▪️ 19h30 – Haddad participa de roda de conversa promovida pelo grupo jurídico Prerrogativas, em São Paulo