
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou, na segunda-feira (16), a declaração conjunta do G7 pedindo paz e estabilidade no Oriente Médio. No documento, foi reiterado que “Israel tem o direito de se defender”. Apesar disso, Trump deixou a cúpula um dia antes do previsto, enquanto o conflito entre Israel e Irã se intensificava, e afirmou que não está trabalhando por um cessar-fogo.
“Não tem nada a ver com cessar-fogo. Estou atrás de algo muito maior”, escreveu em sua rede Truth Social, de acordo com o InfoMoney. Em outro post, acrescentou: “Se eles [iranianos] quiserem conversar, sabem como me encontrar.”
A Casa Branca informou que os EUA não estão participando, de nenhuma forma, dos ataques israelenses.
O presidente dos EUA não deu detalhes sobre o que seria esse “algo maior”. Em entrevista à emissora americana CBS, afirmou: “Você vai descobrir nos próximos dois dias… Ninguém recuou até agora.”
O texto divulgado pelos líderes do G7 — composto por EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão — destacou a necessidade de contenção no conflito. “Reafirmamos que Israel tem o direito de se defender”, diz a nota. “Deixamos claro, em todos os momentos, que o Irã nunca poderá possuir uma arma nuclear.”
Além disso, o grupo defendeu que a resolução da crise iraniana “leve a uma desescalada mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza”.
Mudança de postura de Trump e escalada militar
A assinatura do comunicado final do G7 marcou uma mudança de postura de Trump, que, em um primeiro momento, resistiu a aderir ao texto. Contudo, ao deixar o encontro no Canadá, o presidente reforçou que a escalada militar deve seguir e orientou a população de Teerã a “evacuar imediatamente”.
Logo após a saída de Trump, o oeste do Irã foi alvo de uma série de ataques, que atingiram instalações de mísseis e, segundo comunicado israelense, resultaram na morte do general Ali Shadmani, em Teerã.