Análise positiva

Banco do Brasil (BAS3): analista vê alta à vista de 46%

Ação some das carteiras recomendadas após trimestre fraco, mas analistas enxergam reação exagerada do mercado

(Foto: Google Street View)
(Foto: Google Street View)

O tempo fechou para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) após um trimestre decepcionante levantar dúvidas sobre a sustentabilidade dos retornos da instituição nos próximos períodos.

Não foi apenas o lucro que frustrou – R$ 7 bilhões, bem abaixo do consenso de R$9 bilhões – mas também a rentabilidade, que despencou para a casa dos 16%. 

Diante de tamanha incerteza, o próprio banco decidiu suspender as projeções que vinha fornecendo ao mercado.

Pelo menos cinco casas rebaixaram a recomendação: Bradesco BBI, Genial, BTG Pactual, Santander e XP.

O Itaú BBA cortou o preço-alvo e adotou expectativas conservadoras de apenas 12%,o que deixaria a rentabilidade pior que a do Bradesco, que vem passando por um processo de recuperação.

O Santander foi uma das instituições que rebaixaram as ações do Banco do Brasil e retiraram o papel da carteira de dividendos. O motivo foram os resultados fracos e bem abaixo do esperado.

“As ações podem ficar sob pressão no curto e médio prazo, especialmente diante das revisões baixistas nas projeções de lucro e dividendos pelo consenso”, alertou a corretora.

No novo modelo do Santander para o BB, três mudanças principais se destacam:

  • Corte de 20% nas projeções de lucro para 2025 e 2026;
  • Elevação do custo de capital próprio em mais de 250 pontos-base;
  • Redução do ROE de longo prazo para 16%.

A XP Investimentos seguiu caminho parecido, rebaixando a recomendação para ‘neutra’ e cortando o preço-alvo das ações de R$ 41 para R$ 32.

A corretora também revisou para baixo as estimativas de lucro líquido, com quedas de 29% para 2025 (R$ 28 bilhões) e 28% para 2026 (R$ 30 bilhões).

Segundo a XP, o ajuste reflete, sobretudo, uma expectativa de queda de 12% na margem financeira líquida (NII) e um aumento de 9% no custo de crédito.