
XP vê resiliência da B3 mesmo com cenário desafiador no mercado
A empresa avaliou que a resiliência da B3 (B3SA3) se destaca mesmo em um ambiente desafiador no mercado de capitais.
A corretora identificou que a bolsa brasileira sustentou um bom desempenho nos últimos trimestres.
Esse avanço ocorreu principalmente por causa do aumento nos volumes de derivativos e renda fixa, além do crescimento das receitas com dados e tecnologia.
Como resultado, a XP decidiu elevar o preço-alvo da ação de R$ 14 para R$ 16, embora tenha mantido sua recomendação neutra.
Diversificação de receitas e menor dependência da renda variável
A B3 intensificou seus esforços para diversificar as fontes de receita.
De 2020 a 2024, a participação da renda variável caiu de 34% para 21%.
Nesse mesmo período, os segmentos de renda fixa, dados e tecnologia cresceram de forma consistente.
Juntos, eles passaram a representar mais de 35% da receita total. Dessa forma, a empresa reduziu riscos e fortaleceu sua estabilidade financeira.
B3 adota disciplina financeira e agrada investidores
A XP também destacou que a B3 adotou uma postura mais disciplinada na alocação de capital.
A companhia aumentou significativamente a devolução de recursos aos acionistas por meio de um payout de 100%.
Com isso, a empresa reconstruiu a confiança do mercado e respondeu às críticas anteriores sobre aquisições como a da Neoway.
Ambiente competitivo cresce, mas B3 mantém vantagem
Mesmo com o avanço da concorrência, a XP acredita que a B3 continua em posição privilegiada.
A ausência de competidores diretos em diversas linhas, as limitações regulatórias para corretoras e o menor interesse por listagens no exterior favorecem a operadora da bolsa.
Além disso, a XP observa que as ações da B3 negociam a um múltiplo de 14,5 vezes o lucro estimado para 2025, abaixo da média histórica de 16,6 vezes.
Dessa maneira, a corretora considera o risco de queda limitado, embora siga atenta ao cenário competitivo.