
A Nissan anunciou a demissão de 20 mil funcionários e o corte de US$ 2 bilhões em custos nas Américas para recuperar sua lucratividade.
Desde o início de 2025, a empresa vem implementando um rigoroso plano para reduzir despesas até o fim do ano fiscal.
Esse valor divide-se igualmente entre custos fixos e variáveis.
Além disso, a montadora fechará sete fábricas até 2028.
Essas ações visam reverter o prejuízo líquido de 670,8 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 4,6 bilhões) registrado no último ano fiscal.
Vale destacar que esse resultado se aproxima do recorde negativo de 1999-2000, que levou a Nissan a formar uma aliança turbulenta com a Renault.
Nissan demissões nas Américas; Brasil é exceção e aumenta produção
Nas Américas, a Nissan aplica cortes significativos. Contudo, no Brasil a realidade é diferente.
A fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, vai ampliar a produção em 33%, produzindo até 32 carros por hora.
Dessa forma, o Brasil assume um papel estratégico na recuperação da empresa.
Christian Meunier, chairman da Nissan para as Américas, destaca que a região representa 45% das vendas globais da companhia.
Além disso, o faturamento das Américas é ainda mais relevante para a montadora.
Por isso, a empresa aposta no crescimento brasileiro para ganhar escala e eficiência.
Demissões e reestruturação: enfrentando desafios financeiros
O CEO Iván Espinosa reconhece que a empresa enfrenta custos elevados.
Porém, o mercado global volátil torna o planejamento desafiador.
Por isso, a Nissan tentou, sem sucesso, uma fusão com a Honda para fortalecer sua posição.
Apesar disso, a reestruturação global, chamada Re:Nissan, segue firme.
A companhia busca sustentar sua saúde financeira, reduzindo custos e otimizando operações.
Consequentemente, o foco no Brasil demonstra a confiança da montadora na recuperação da América Latina.