
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiou a assembleia geral extraordinária (AGE), convocada para decidir sobre a fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3). Assembleia estava marcada para quarta-feira (18). O anúncio acarretou na queda das ações das empresas.
Às 18h02 os papéis da Marfrig apresentavam queda de 2,40%; as ações da BRF caíram 0,049%.
Os investidores da BRF solicitaram o adiamento ou o cancelamento da assembleia ao órgão após acionistas minoritários, entre eles, o fundo Nova Almeida Fundo de Investimento Multimercado, por meio da Latache Capital. O grupo alega a ausência de informações suficientes para analisar as condições de incorporação e a necessidade de providências para garantir transparência e proteção dos direitos dos acionistas.
Após o anuncio do adiamento, as ações de ambas as empresas recuaram. Segundo o E-Investidor, às 11h, as ações da Marfrig recuaram 1,88 e as da BRF desvalorizaram R$ 24,53. Em fato relevante divulgado na manhã dessa terça-feira (17), as companhias informação ao mercado que estão avaliando as medidas cabíveis, incluindo um eventual pedido de reconsideração.
Minoritários aprovam fusão BRF e Marfrig
Minoritários aprovaram a fusão entre BRF e Mafrig em votação à distância. No boletim de votos, 35,41% votaram a favor, 16% votaram contra e 48% se abstiveram. Luiz Fernando Furlan, um dos fundadores da Sadia, já votou a favor.
Na votação à distância foram computadas 382,15 milhões de ações, disse o Pipeline. Considerando os 196,59 milhões de votos válidos, a fusão foi aprovada com 68,9% desses votantes. São 74,06 milhões de ações de vantagem para a aprovação entre os minoritários desse grupo.
O total dos votos à distância representa 24% das ações da BRF, excluindo papéis em tesouraria. Excluindo a posição da Mafrig, o controlador, o volume de votos representa a maioria dos minoritários, 51,5%.
Fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avança com aval do Cade
O mercado brasileiro de alimentos vive um momento histórico: o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a aguardada fusão entre as gigantes Marfrig e BRF.
O sinal verde representa um dos passos mais importantes rumo à consolidação de um novo colosso do setor alimentício no Brasil e no mundo.
A decisão foi anunciada oficialmente pelas companhias, que agora aguardam apenas a consolidação final do processo, prevista para as próximas semanas.