Olha a faca!

Milei cobra cortes para aumentar superávit da Argentina

A meta de superávit de Milei é 1,6% do PIB (Foto: reprodução/Foco no Fato)
A meta de superávit de Milei é 1,6% do PIB (Foto: reprodução/Foco no Fato)

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, revelou na rede social X que Javier Milei, presidente do país, cobrou mais cortes para aumentar o superávit do país.

Caputo republicou um artigo que revela que o plano do presidente de extrema direita é promover cortes ainda maiores a fim de alcançar um superávit de 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025

Nesta semana, o ministério da Economia da Argentina divulgou que o superávit acumulado dos primeiros cinco meses do ano foi de 0,8% do PIB do país. Apesar do resultado, o jornal El Cronista afirmou que Javier Milei ordenou que os ministros do país fizessem ainda mais cortes para alcançar as metas, disse o Radar Econômico da Veja.

“É verdade”, afirmou Luis Caputo.

Argentina anunciou um pacote que promete levantar US$7 bi

A partir de 10 de julho, a emissão das chamadas Letras Fiscais de Liquidez (LEFI) que substituíram a antiga Leliq, será encerrada. Esses títulos foram criados pelo governo Milei para facilitar a eliminação de passivos remunerados do Banco Central (BC). Dessa forma, o BC argentino se desfez de suas dívidas com pessoas físicas.

As letras que estão hoje em negociação vencem em 17 de julho e deixarão de ser oferecidas ao mercado. Com essa medida, a taxa básica de juros que em vários países, como o Brasil, é usada para definir metas de inflação, deixará de ser definida pela autoridade monetária argentina.

Ao invés disso, o governo adotará um sistema com base no “controle de agregados monetários”, em que as taxas serão determinadas pelo mercado.

Argentina tem superávit comercial de US$ 204 mi em abril

Argentina registrou um superávit comercial de US$ 204 milhões no mês de abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos). O valor ficou bem abaixo do pico de US$ 2,6 bilhões alcançado em maio do ano passado e representa o segundo pior resultado desde o início do governo de Javier Milei.

Esse foi o primeiro saldo comercial após a flexibilização dos controles cambiais, com a adoção do sistema de bandas anunciado em 11 de abril.

As exportações somaram US$ 6,66 bilhões, alta de 2,3% em relação a abril de 2024. Já as importações cresceram 37,3% na mesma base comparativa, atingindo US$ 6,46 bilhões.