
A Azul (AZUL4) solicitou nesse domingo (22) à Justiça dos EUA que a suspensão do fornecimento de combustível pela Raízen (RAIZ4) não seja concretizada. A Raízen disse que não irá se manifestar sobre o caso.
Às 18h16, horário de Brasília, a companhia aérea registrava desvalorização de 4,08%. Já a Raízen tinha queda de 4,07%.
Numa correspondência do dia 18 de junho a Raízen informou à Azul que o Vortx (agente fiduciário da 12ª emissão de debêntures da companhia aérea) comunicou que a empresa estava inadimplente no pagamento da amortização e remuneração de título desde o dia 12 de junho, disse a Reuters, através do MoneyTimes.
“Assim, a Raízen…solicita manifestação da Azul com urgência sobre eventual saneamento do inadimplemento e em tempo hábil para evitar a suspensão do fornecimento, diante do prazo de três dias úteis que a Raízen possui para implementação do mecanismo de ‘Stop Supply’”, declarou a distribuidora de combustível anexada pela Azul e entregue à Justiça dos EUA.
A Azul declarou à Justiça dos EUA que a atitude da Vórtx é “ilegal” e que a interrupção do fornecimento de combustível colocaria em risco a recuperação da companhia aérea sob a recuperação judicial . “A ação do agente fiduciário representa uma violação dos termos da recuperação judicial”, afirmou a Azul.
A Azul declarou que a Raízen, uma joint-venture entre Shell e grupo Cosan, é responsável por cerca de 8% das necessidades de combustível da companhia em rotas domésticas e a que ela está presente em diversos aeroportos que não têm alternativas viáveis. A companhia aérea argumentou que a interrupção do fornecimento de combustível geraria uma “cascata de eventos de voos cancelados, aeronaves em terra e prejuízo reputacional irreparável”.
Em processo de recuperação judicial pelo Chapter 11, a Azul comunicou no dia 16 de junho que irá devolver seis aeronaves e um motor. Ao todo, a companhia aérea pediu a devolução de 17 aviões e oito motores aos proprietários que realizam leasing para a Azul, disse o Valor Econômico.