Sem STF (ainda)

Só AGU falará sobre judicialização do IOF, diz instituição

Declaração veio após Haddad afirmar que poderia recorrer ao STF.

Só AGU falará sobre judicialização do IOF, diz instituição

A AGU (Advocacia Geral da União) declarou que apenas o titular da instituição, Jorge Messias, irá fazer as comunicações sobre os desdobramentos jurídicos da queda do decreto que eleva o valor do IOF. Declaração veio após Haddad afirmar que poderia recorrer ao STF.

“Todas as questões jurídicas serão abordadas tecnicamente pela AGU, após oitiva da equipe econômica. A comunicação sobre os eventuais desdobramentos jurídicos do caso será feita exclusivamente pelo próprio advogado-geral [Jorge Messias], no momento apropriado”, escreveu a assessoria do órgão em nota publicada nesta quinta-feira (26), disse a Agência Brasil. Segundo a Advocacia, ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre o tema.

A declaração veio após o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT-SP) dizer que poderia recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) como uma possível saída para a situação. “Nem nós devemos nos ofender quando um veto é derrubado e nem o Congresso pode se ofender quando uma medida é considerada pelo Executivo incoerente com o texto constitucional”, disse Haddad em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Além do STF, Fernando Haddad falou de outras duas alternativas para resolver o problema do IOF: buscar novas fontes de receita ou realizar cortes adicionais no Orçamento. “Vai pesar para todo mundo” disse à Folha de S. Paulo.

Haddad cogita taxar dividendos ou cortar programas sociais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (26), que o governo estuda tributar dividendos ou cortar gastos sociais caso não consiga reverter a decisão do Congresso que derrubou os decretos que elevam o IOF.

“Tem três possibilidades. Uma é buscar novas fontes de receita, o que pode ter a ver com dividendos, com a questão do petróleo, tem várias coisas que podem ser exploradas”, afirmou o ministro.

Ele destacou que a definição caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outra possibilidade levantada por Haddad é ampliar o bloqueio de verbas públicas.
“Além dos R$ 30 bilhões já contingenciados, pode haver mais R$ 12 bilhões. Vai pesar para todo mundo. Vai faltar recurso para saúde, educação, Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o ministro.