Na semana em que Palmeiras e Fluminense jogaram em Nova York pelo Mundial de Clubes, os EUA também marcaram seu gol. O país norte-americano lucra mais com os clubes e turistas brasileiros durante o torneio do que Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras devem receber em premiações pagas pela Fifa por suas performances em campo.
Um levantamento da ESPN apontou que o quarteto brasileiro, todo ele classificado para as oitavas de final da competição, acumula, no total, US$ 107,4 milhões em prêmios (cerca de R$ 593 milhões, considerando a cotação atual).
Esse valor, porém, não é líquido: pelo menos 30% do total ficará nos EUA, retido por impostos federais e locais. Com isso, o valor líquido das premiações soma pouco mais de US$ 75 milhões.
Além dos impostos sobre os prêmios dos clubes, os EUA — tanto em termos de arrecadação pública quanto em receita para o comércio local — comemoram o bom desempenho dos clubes brasileiros no Mundial.
Impacto econômico do mundial nos EUA
Uma pesquisa do banco digital Nomad apontou que o gasto médio de um brasileiro em viagem aos Estados Unidos, em 2023 (excluindo passagens), foi de US$ 2.198 — aproximadamente R$ 12 mil.
Numa estimativa conservadora, de acordo com a ESPN, os gastos dos brasileiros durante o torneio devem injetar quase US$ 55 milhões na economia norte-americana.
Com mais da metade dos voos entre Brasil e EUA operados por companhias aéreas norte-americanas, o lucro com a venda de passagens também será expressivo para o país-sede do Mundial.
Gastos de turistas brasileiros
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de gastos de turistas em solo norte-americano.
Em 2022, último ano com dados consolidados, os turistas brasileiros gastaram US$ 6,1 bilhões nos EUA — o equivalente a R$ 33,5 bilhões na cotação atual.