Gigante esportiva

Tarifas do EUA elevam custos da Nike a US$1 bi

Empresa traça plano para diminuir dependência chinesa.

China responde por 16% dos calçados que a Nike importa para os EUA (Foto: Wu Yi/ Unplash)
China responde por 16% dos calçados que a Nike importa para os EUA (Foto: Wu Yi/ Unplash)

Os custos da Nike podem disparar para US$ 1 bilhão por conta das tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump. A marca de roupas esportivas falou nesta quinta-feira (26) sobre como pretende reduzir a dependência da produção chinesa.

As novas alíquotas de importação estabelecidas a importantes parceiros comerciais da gigante esportiva têm forçado muitos varejistas a descontinuar projeções e se preparar para uma desaceleração nos gastos mais essenciais dos consumidores, disse a Reuters, via Forbes. Além da Nike, a Deckers Brand também está entre as impactadas.

Segundo Matthew Friend, diretor financeiro da empresa, a China responde por 16% dos calçados que a Nike importa para os EUA. Devido a isso, a companhia planeja reduzir esse percentual para uma “faixa de um dígito alto” até o fim de maio do próximo ano, transferindo a produção para outros países.

“Estamos fazendo parcerias com nossos fornecedores e parceiros varejistas para mitigar esse aumento estrutural de custos, a fim de minimizar o impacto geral para o consumidor” disse Matthew Friend em reunião com analistas. A Nike também anunciou o aumento do preço das mercadorias.

As ações da Nike subiram 11% no pós-mercado dos EUA, após a marca projetar queda de um dígito médio na receita do primeiro trimestre fiscal, um pouco melhor que a estimativa de queda de 7,3%.

EUA e China selam trégua comercial em áreas estratégicas

EUA e China oficializaram um acordo comercial que confirma os termos de uma trégua negociada em Londres neste mês, segundo comunicados divulgados nesta sexta-feira (27).

O acordo estabelece uma suspensão mútua de tarifas por 90 dias, a revisão de controles sobre exportações e o alívio de restrições impostas por Washington a Pequim.

O anúncio foi feito após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que havia acabado de assinar com a China em um evento na Casa Branca na quinta-feira (26).