A China confirmou os termos de negociação comercial com o governo americano, que inclui um acordo para que Pequim acelere as exportações de minerais essenciais para os EUA e para que Washington suspenda os recentes controles de exportação sobre a China.
“A China analisará e aprovará os pedidos de exportação de itens controlados”, disse o Ministério do Comércio da China, em um comunicado. “E os EUA cancelarão de forma correspondente uma série de medidas restritivas que tomaram contra a China”.
EUA de olho em minérios cruciais
Um dos principais focos do governo americano nas negociações com a China era garantir o fornecimento de terras raras, metais cruciais para a produção de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa.
A manifestação do governo chinês foi feita um dia depois de o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, ter afirmado à Blomberg News que os EUA “derrubariam” seus controles de exportação assim que a China começasse a entregar minerais de terras raras.
Não está evidente se o acordo anunciado é o mesmo mencionado pelo presidente Donald Trump em evento, na última quinta-feira (26) na Casa Branca. O Ministério do Comércio disse que os negociadores comerciais chineses e americanos “mantiveram uma comunicação próxima” após se reunirem em Londres em 9 e 10 de junho. As duas partes já haviam se encontrado em Genebra em maio.
Relação mais do que incerta
As reuniões foram realizadas para estabilizar os laços entre as duas superpotências e para pedir uma trégua em uma guerra comercial crescente, na qual os dois lados impuseram tarifas altíssimas sobre os produtos um do outro.
Ainda não se sabe se a suspensão dos controles de exportação de ambos os lados facilitará o caminho para negociações comerciais mais amplas sobre questões que frustram o governo Trump, como fazer que a China compre significativamente mais produtos americanos e conseguir que mais empresas dos EUA tenham acesso à economia chinesa.
Embora a China tenha afirmado que não recuará em uma guerra comercial com os EUA, os analistas disseram que é do interesse de Pequim chegar a um acordo mais amplo. A economia chinesa continua lenta devido a uma crise imobiliária e a uma queda na confiança do consumidor.