Entenda a mudança

Natura começa a operar com ticker NATU3 nesta quarta-feira (3)

Com a alteração, os acionistas titulares de ações da Natura&Co receberão, para cada papel NTCO3, uma ação NATU3

(Foto: Divulgação Natura)
(Foto: Divulgação Natura)

A Natura Cosméticos, após a incorporação da controladora Natura&Co (NTCO3), passou a operar no Novo Mercado da B3 (B3SA3) nesta quarta-feira (2), sob o ticker NATU3.

Com a alteração, os acionistas titulares de ações da Natura&Co receberão, para cada papel NTCO3, uma ação NATU3. O código é o mesmo utilizado na época do IPO (oferta pública inicial de ações) da empresa, em 2004.

No final de junho, foram cumpridas as condições da operação envolvendo a controlada Natura&Co. O conselho de administração da empresa definiu o dia 1º de julho de 2025 como a data de “consumação” da operação.

O movimento, segundo o Money Times, faz parte de um plano estratégico da companhia para simplificar sua estrutura societária e reduzir custos.

Natura: o que esperar?

No início da semana, a empresa realizou o Investor Day, ocasião em que a administração reafirmou o compromisso com ativos geradores de caixa e alto ROIC (retorno sobre o capital investido), com ênfase na América Latina e na simplificação do portfólio.

Analistas do BTG Pactual destacaram que a estratégia da Natura está focada em um crescimento disciplinado, com prioridade para liderança de mercado, avanço da omnicanalidade (integração entre plataformas físicas e digitais) e forte digitalização da base de consultoras.

Os analistas também observaram que os indicadores operacionais vêm apresentando melhora: o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente no Brasil está em 22,6%, e a conversão de caixa subiu para 57% do Ebitda.

Além disso, a estrutura de capital é considerada sólida, com alavancagem em 1,27 vez, sem vencimentos relevantes até 2027. A alavancagem é medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda.

“Ainda assim, a transformação da Avon Internacional segue em curso, e os custos de reestruturação permanecem relevantes. Mantemos visão neutra no curto prazo, apesar do valuation atrativo, pois o turnaround ainda depende da execução de frentes-chave”, afirmaram os analistas do BTG.