
O mercado de trabalho dos EUA criou 147 mil vagas na folha de pagamento (payroll) em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (3) pelo BLS (Bureau de Estatísticas do Trabalho dos EUA) de pessoas desocupadas no país.
A criação de vagas foi impulsionada, principalmente, pelo setor público, com 73 mil novos postos na payroll, incluindo 47 mil em governos estaduais e 23 mil em educação municipal.
A área da saúde também teve forte desempenho, com a adição de 39 mil empregos, principalmente em hospitais e instituições de cuidados.
Número de desempregados de longa duração cresce nos EUA
Por outro lado, o número de desempregados de longa duração (mais de 27 semanas) aumentou em 190 mil, totalizando 1,6 milhão de pessoas.
Também houve alta no número de trabalhadores desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, que somaram 637 mil em junho, um salto de 256 mil no mês.
Salários médios sobem e jornada de trabalho recua
O salário médio por hora subiu 0,2% em junho, para US$ 36,30. Em 12 meses, os ganhos salariais acumularam alta de 3,7%. Já a jornada média semanal recuou 0,1 hora, para 34,2 horas.
Os dados de abril e maio foram revisados para cima, com a adição de 16 mil empregos ao total previamente divulgado. O relatório de julho será publicado em 1º de agosto, e uma revisão mais ampla dos dados da pesquisa com estabelecimentos está prevista para 9 de setembro.
Apesar da estabilidade na taxa de desemprego, a alta no número de pessoas desalentadas e de desempregados de longa duração levanta dúvidas sobre a resiliência do mercado de trabalho americano, especialmente diante da política monetária apertada conduzida pelo Fed (Federal Reserve) desde 2022.