Estados Unidos

Deputados republicanos levam projeto de lei de Trump para votação final

Em seguida, os congressistas reabriram o debate para a votação final

O presidente dos EUA, Donald Trump, se reúne com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington (EUA). (Foto 
Isac Nóbrega/PR/ Agência Brasil)
O presidente dos EUA, Donald Trump, se reúne com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington (EUA). (Foto Isac Nóbrega/PR/ Agência Brasil)

Deputados republicanos avançaram, na madrugada desta quinta-feira (3), com o projeto de lei de corte de impostos do presidente dos EUA, Donald Trump, encaminhando a proposta para uma votação final e aparentando superar as divisões internas do partido sobre o custo da legislação.

Após um dia de reuniões a portas fechadas no Capitólio e na Casa Branca, os parlamentares superaram um último obstáculo processual necessário para iniciar o debate sobre o projeto, em uma votação de 219 a 213, por volta das 4h30 (horário de Brasília).

Em seguida, os congressistas reabriram o debate para a votação final, conforme informou o InfoMoney.

Uma votação processual anterior foi mantida aberta por sete horas na quarta-feira (2), dando tempo para que Trump e o presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, convencessem os parlamentares resistentes a apoiarem o texto.

Mike Johnson demonstrou otimismo na noite de quarta, afirmando que os deputados tiveram um “dia longo e produtivo” discutindo as questões.

Reações e implicações do projeto de lei

Após a votação, ele elogiou o esforço de Donald Trump, que teria feito ligações a parlamentares até as primeiras horas desta quinta-feira. “Não poderia haver um presidente mais engajado e envolvido”, afirmou Johnson a repórteres.

O Senado já havia aprovado a legislação na terça-feira (1º), após um longo debate sobre seu elevado custo e os US$ 900 milhões em cortes no programa de saúde Medicaid. Segundo analistas independentes, a proposta deve adicionar US$ 3,4 trilhões à atual dívida pública de US$ 36,2 trilhões ao longo da próxima década.

Com uma maioria de 220 a 212 votos, os republicanos não podem se dar ao luxo de mais do que três deserções para garantir a aprovação final do projeto. Os democratas, por sua vez, seguem unidos na oposição à medida, argumentando que as isenções fiscais beneficiam desproporcionalmente os mais ricos e comprometem serviços dos quais dependem as populações de baixa e média renda dos EUA.