O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, atingiu os 141 mil pontos pela primeira vez na história, uma alta de mais de 1%. Às 14h33 (horário de Brasília), o índice registrava 141.170,98, avanço de 1,52%.
O movimento da bolsa brasileira acompanha os principais índices internacionais após o lançamento de dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, o payroll. Segundo os relatórios, a criação de empregos ficou acima do esperado em junho e o desemprego no país caiu, disse a B3.
Às 14h41 (horário de Brasília) as bolsas norte-americanas também apresentavam movimentos positivos. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq registravam avanços de 0,83%, 0,77% e 1,02%, respectivamente.
Payroll forte adia corte de juros nos EUA e pressiona Brasil, diz Paula Gala
O payroll acima do esperado nos EUA reforça o cenário de adiamento do corte de juros pelo Fed (Federal Reserve) e, ao mesmo tempo, cria pressão sobre a economia brasileira. Aponta o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, que analisou os dados divulgados nesta quinta-feira (3) e destacou seus impactos no Brasil.
“Não é um payroll bombando, mas também não mostra colapso”, disse Gala em seu morning call.
Segundo o economista-chefe, a criação de 147 mil vagas em junho, acima da expectativa de 106 mil, e a queda na taxa de desemprego para 4,1% sinalizam um mercado ainda resiliente.
Ao mesmo tempo, Paulo destacou que o número veio inflado por contratações no setor público.
“No setor privado, foram apenas 74 mil vagas. Ou seja, o dado é forte, mas não exuberante”, afirmou.
Na avaliação do economista, esse cenário afasta a possibilidade de corte de juros em julho nos EUA, transferindo as apostas para setembro.
A manutenção dos juros americanos por mais tempo, combinada com a Selic elevada no Brasil, impulsiona o real, que tem se valorizado e ajuda a conter a inflação doméstica.