O mercado de stablecoins deve valer US$ 500 bilhões até o ano de 2028, disse o JPMogan. O relatório do maior banco do mundo foi divulgado nesta quinta-feira (3).
Apesar da projeção indicar um grande espaço para o crescimento do segmento, ela é menos otimista que a de outros bancos e gestoras, disse a Exame, via BTG Pactual Notícias.
“Nós acreditamos que projeções de uma expansão exponencial do universo de stablecoins dos atuais US$ 250 bilhões para US$ 1 trilhão ou US$ 2 trilhões nos próximos anos são exageradamente otimistas”, afirmam os analistas do banco.
Para o JPMorgan, o crescimento do segmento nos próximos anos vai depender, principalmente, da trajetória mais ampla do mercado de criptomoedas, e não de uma adoção com foco em pagamentos transfronteiriços. A projeção leva em consideração a atual dinâmica desses atualmente.
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O banco ressaltou que, hoje, 88% da demanda por stablecoins vêm de atividades nativas do próprio mercado de criptomoedas, como negociação, garantia em operações de finanças descentralizadas (DeFi em inglês) e criação de reservas por empresas de cripto.
Por outro lado, o uso desse tipo de criptoativo para pagamentos representa apenas 6% da demanda. O JPMorgan avalia que, enquanto essa fatia não crescer consideravelmente, o tamanho do segmento de stablecoins vai depender da situação do mercado de criptomoedas como um todo.
A visão do relatório é menos otimista, apresentando que as chances de uma adoção acelerada de stablecoins pelo setor bancário tradicional são colocadas como baixas no curto prazo. O JPMorgan aponta uma falta de lucratividade e uma fricção ainda alta a na passagem do mundo cripto, disse a Exame. Sendo assim, o banco defende que a projeção mais realista para o futuro desse criptoativo deve levar em conta um crescimento gerado pelo próprio mercado de criptomoedas, não uma adoção em massa por diferentes segmentos tradicionais do mercado financeiro.
As projeções mais otimistas defendem que o avanço da regulamentação do segmento de stablecoins nos EUA vai gerar uma adoção massiva desses ativos por bancos, o que implicaria em um crescimento acelerado e expressivo no valor dessas criptomoedas, em geral pareadas ao dólar.
