
O fluxo líquido de investidores estrangeiros foi positivo em R$ 26,9 bilhões, considerando aportes em IPOs e follow-ons, disse a Elos Ayta. O levantamento da consultoria diz respeito ao primeiro semestre de 2025.
Esse é o melhor desempenho desde o segundo semestre de 2023 e o semestre mais robusto desde 2022, quando o salto foi de R$ 68,75, disse a Istoé Dinheiro, via B3 Bora Investir.
Mesmo observando apenas o comportamento de compra e venda no mercado secundário, o saldo foi de R$ 26,45 bilhões, também o maior desde o segundo semestre de 2023 (R$ 27,84 bilhões) e, no recorte dos primeiros semestres, o melhor resultado desde os R$ 51,91 bilhões registrados em 2022.
A retomada do fluxo estrangeiro não acontece de forma isolada. O volume de compras realizadas por esses investidores no primeiro semestre alcançou R$ 1,79 trilhão, um crescimento contínuo desde o primeiro semestre do ano passado, quando totalizava R$ 1,59 trilhão. As vendas também cresceram e atingiram R$ 1,76 trilhão, mantendo a tendência de expansão iniciada no segundo semestre de 2023. Sendo assim, os estrangeiros estão cada vez mais ativos e engajados na B3.
Reforço no segundo trimestre
O segundo trimestre desse ano reforçou a virada no comportamento dos investidores estrangeiros. O saldo líquido foi de R$ 15,92 bilhões (com IPOs e follow-ons), melhor resultado desde o quarto trimestre de 2023 (R$ 35,95 bilhões).
Nos últimos 14 trimestres o saldo foi positivo em nove e negativo em cinco, evidenciando a volatilidade e seletividade dos fluxos, muitas vezes guiados por fatores macroeconômicos globais e ruídos locais.
Compras e vendas elevados
Outro dado ressaltado pela reportagem foi o grande volume financeiro envolvido. No segundo trimestre de 2025, as compras por parte dos investidores estrangeiros somaram R$ 939,3 bilhões, maior montante desde o quarto trimestre de 2022, quando chegaram a R$ 1,15 trilhão. Já as vendas totalizaram R$ 9,23,5 vilhões, igualmente o maior patamar desde o mesmo trimestre de 2022, que bateram R$ 1,11 trilhão.
Apesar da reversão do fluxo estrangeiro em 2025 no segundo trimestre, ainda é cedo para falar de um ciclo sustentável, o que exige cautela.