O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (3) com alta de 1,35%, aos 140.927,86 pontos. O dólar comercial desceu 0,29 %, a R$ 5,40.
Apesar dos últimos dias de tensão diante do imbróglio do IOF em Brasília, o dia de foi comemoração na B3, já que o Ibovespa atingiu o recorde histórico de 141 mil pontos pela primeira vez em 57 anos. O número de pontos com que o índice fechou no fim da tarde também é o maior registrado.
O movimento positivo foi impulsionado pelos principais índices internacionais que reagiram aos novos dados sobre desemprego nos EUA. Segundo os relatórios do payroll, a criação de empregos ficou acima do esperado em junho e o desemprego no país caiu.
Apesar do clima otimista, CEO da Referência Capital, Pedro Ros aponta que esse resultado pode pressionar o Brasil. “Esse cenário tende a manter a atratividade dos ativos americanos e a limitar o fluxo de capital para mercados emergentes. Para o Brasil, isso exige cautela na formulação de políticas econômicas e atenção à gestão de risco por parte das empresas. O momento é de disciplina financeira e prudência nos investimentos” disse Ros.
Entre as maiores altas do dia estão Engie (EGIE3) e Embraer (EMBR3) A empresa vem se destacando nos últimos dias; ontem a Embraer revelou a entrega de 61 aeronaves no segundo trimestre.
O dólar oscilou entre R$5,44 e R$5,40; a divisa fechou o dia novamente em queda e renova o patamar mais baixo desde agosto de 2024, atingido ontem (2). O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com alta de 0,41%, aos 97,17 pontos.
Maiores altas e maiores quedas: EGIE3 e BRFS3
O pregão da B3 fechou com a Engie (EGIE3) liderando as maiores altas, com aumento de 4,49%. A empresa é seguida pela Embraer (EMBR4), com alta de 4,42%. A terceira foi a CVC (CVCB3), com crescimento de 4,18% e a lista verde fecha com Azzas (AZZA3), alta de 3,74%.
A lista vermelha é encabeçada pela BRF (BRFS3), com recuo de 2,19%. A empresa é seguida pela Fleury (FLRY3), recuo de 1,46% . MRV (MRVE3) fechou com recuo de 1,44% e a lista fecha com a Ambev (ABEV3), queda de 1,25%
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Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,46% e 0,34%, respectivamente Prio (PRIO3) valorizou 1,00%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,47%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,76%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,76%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou o dia em alta de 2,47%. O Banco do Brasil (BBAS3) operou com alta de 1,41%. Bradesco (BBDC4) fechou o dia com alta de 2,38% e Santander (SANB11) também teve avanço nos papéis, de 0,10%.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,32%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,12%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 2,31%.
EUA pré 4th July
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia de expediente mais curto no verde. Os índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones avançaram 0,83%, 1,02% e 0,77%, respectivamente.
O já mencionado payroll motivou o fechamento da Nasdaq e da S&P 500 batesse, novamente, recordes. “O número forte de geração de empregos traz uma expectativa de continuidade do crescimento robusto da economia americana, o que estimula maiores fluxos de capital para o país, especialmente teses corporativas, após um período de receio de desaceleração econômica ou recessão mais firme, agora substituído pela impressão de que a perda de ritmo não trará choques mais fortes” comentou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
Ao mesmo tempo que anima, os especialistas dizem que o dado diminuiu as expectativas de cortes na taxa de juros do Fed, um dos principais pontos de atrito entre Donald Trump e Jerome Powell (chair da instituição).
E na véspera do feriado mais importante do país, o 4th July (dia que comemora a declaração de independência dos EUA), a Câmara aprovou projeto de corte de impostos criado por Trump por 218 a 214. Segundo a CNN, o presidente republicano pretende sancionar a medida na sexta-feira (4), durante o feriado mesmo.
