O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) aprovou a realização das AGEs (Assembleias Gerais Extraordinárias) que irão votar a fusão entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) no dia 14 de julho.
Em maio, as companhias anunciaram a operação de formar um empreendimento que será batizado MBRF, com receita de R$ 152 bilhões ao ano.
Hoje, quinta-feira (3) a BRF (BRFS3) terminou o pregão com queda de 2,19%, sendo a empresa que teve o maior recuo no dia. A Marfrig (MRFG3) também recuou e terminou o dia com 0,86% de desvalorização.
Após a gestora Latache questionar o processo, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu adiar as votações e pediu a divulgação de novas informações, de modo que as assembleias só poderiam ser realizadas 21 dias depois. A gestora, que é acionista minoritária da BRF, apontou inconsistências no valor do processo, disse a CNN.
A Minerva (BEEF3) também questionou a fusão entre as empresas e pediu reavaliação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que aprovou a incorporação da BRF pela Marfrig sem restrições.
Minerva (BEEF3) quer reavaliação da fusão entre BRF e Marfrig
A Minerva (BEEF3) entrou com recurso no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) solicitando a reavaliação da fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3).
O frigorífico alega riscos de concentração excessiva no mercado de alimentos processados, ampliação indevida do poder de compra e atuação cruzada da Salic — fundo soberano da Arábia Saudita — em ambas as empresas. A companhia também questionou a análise feita sobre o canal foodservice.
Além disso, a Minerva acusa a Marfrig de ter minimizado os impactos da operação em sua notificação ao órgão, ao declarar que já exercia controle unitário sobre a BRF. Segundo o InfoMoney, a Minerva contesta essa afirmação sob o argumento de que, antes da operação, a Marfrig não possuía poderes para exercer controle exclusivo sobre a BRF — condição que, segundo a companhia, muda significativamente com a incorporação total.