O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (4) uma cobrança aos setores de distribuição e varejo de combustíveis pelo repasse das reduções dos preços praticados pela Petrobras nas refinarias aos postos de abastecimento.
Pronunciamento foi feito durante um evento para o anúncio de um pacote de 33 bilhões de investimentos em refino no Rio de Janeiro para a Reduc (Refinaria Duque de Caxias).
A queixa já vinha sendo feita pelo MME (Ministério de Minas e Energia, através de ofícios a órgãos como Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre práticas anticoncorrenciais, disse a Agência Infra.
“É preciso que os órgãos, que têm a função de fiscalizar, não permitam que nenhum posto desse país venda mais caro do que o preço no qual têm de vender. Muito menos o óleo diesel. Não é possível que anuncie tanto desconto no óleo diesel e ele não chegue ao consumidor”, declarou Lula.
O presidente pediu uma maior fiscalização por parte da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, dos Procons estaduais e da Polícia Federal.
“Mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolina não reduzem. Em Brasília teve um posto que aumentou em 50 centavos (o litro do combustível). Não é possível que essa moça (Magda Chambriard, presidente da Petrobras) esteja fazendo um sacrifício extraordinário para reduzir 20 centavos no litro do óleo diesel, para reduzir 12 centavos na gasolina, e isso não chegue ao consumidor. Quem está pagando o pato é o consumidor”, disse Lula.
Lula volta a defender moeda alternativa ao dólar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta sexta-feira (4), a criação de uma moeda para o comércio internacional, durante discurso na abertura da 10ª Conferência Anual do Banco Nacional de Desenvolvimento.
A fala segue a linha de críticas ao uso do dólar como principal referência nas transações globais. Segundo Lula, a dependência da moeda norte-americana deixa os países vulneráveis às políticas dos EUA.
“E é por isso que a discussão de vocês sobre a necessidade de uma nova moeda para o comércio internacional é extremamente importante. É complicado? Eu sei. Tem problemas políticos. Mas, se a gente não encontrar uma nova fórmula, vamos terminar o século XXI igual começamos o século XX. E isso não será benéfico para a humanidade”, declarou Lula, segundo o Valor Econômico.