Pré-mercado

Café com BPM: bolsas ficam estáveis em meio a tarifas de Trump

As bolsas globais estão cautelosas diante das movimentações nos EUA

Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

As bolsas globais operam com cautela na manhã desta segunda-feira (7) com o prazo para o fim das tarifas do presidente Donald Trump chegando ao fim. 

No domingo (6), autoridades americanas haviam indicado que cartas seriam enviadas até 9 de julho, informando sobre altas de tarifas que poderiam entrar em vigor em 1º de agosto — com alíquotas variando entre 50% e até 70% para alguns países, além de um adicional de 10% para nações acusadas de alinhamento “antiamericano” com o BRICS.

Além disso, do lado das commodities, a produção petrolífera ampliada pela OPEC+ intensificou preocupações sobre crescimento global.

EUA

O prazo para os países que ainda não fecharam acordos comerciais com os EUA vence na próxima quarta-feira (9). Contudo, há uma grande chance desse prazo ser estendido.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, apontou que quem não chegar a um acordo terá a opção de extensão de três semanas para negociar. Trump já assinou (e vai mandar nesta segunda-feira) 12 ou 15 cartas aos parceiros que ainda não fizeram propostas, com sugestões de tarifas no estilo “pegar ou largar”.

Cotação de índices futuros:

Dow Jones Futuro: -0,02%

S&P 500 Futuro: -0,26%

Nasdaq Futuro: -0,35%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas operam em sentido mistos, aos passo que os investidores a atualizações sobre as tarifas Trump. Além disso o “OPEC+ boost” de produção de petróleo também afetou negativamente, com omissões de ações exportadoras afetadas ao redor da região.

Shanghai SE (China): +0,02%

Nikkei (Japão): -0,56%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,12%

Kospi (Coreia do Sul): +0,17%

ASX 200 (Austrália): -0,16%

Bolsas da Europa

O desempenho das bolsas europeias refletem a “dessensibilização” dos investidores frente às constantes notícias sobre tarifas, apesar do aumento de produção da OPEC+ ter pressionado o sentimento conservador dos mercados.

STOXX 600: +0,20%

DAX (Alemanha): +0,61%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,05%

CAC 40 (França): +0,10%

FTSE MIB (Itália): +0,43%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa fechou esta sexta-feira (4) em alta de 0,24% aos 141.263,56 pontos, batendo seu recorde de fechamento. Na máxima do dia, alcançou os 141.563,85 pontos, o maior nível da sua história. O índice encerrou a semana com 3,2% de ganhos. Desde o começo de julho, avançou 1,73% e, no ano, a carteira valorizou mais de 17,44%.

O IBOV ganhou força neste pregão após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender o ato do governo que aumentou o IOF e o decreto do Legislativo que derrubou o imposto.

Além disso, o feriado do Dia da Independência nos EUA esvaziou os mercados, em dia de liquidez reduzida, enquanto as tarifas do presidente Donald Trump voltaram ao radar. A falta dos dólares que costumam entrar por meio do mercado de ações também foi sentida no câmbio, e a moeda americana acabou encerrando o dia em uma alta de 0,37% a R$5,4248.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 03h00 – Alemanha: Produção industrial em maio

▪️ 06h00 – Zona do euro: Vendas no varejo em maio

▪️ 08h00 – FGV: IGP-DI em junho

▪️ 08h25 – BC: Relatório Focus

▪️ 11h00 – Anfavea: Produção e venda de veículos em junho

▪️ 15h00 – Secex: Balança comercial semanal

Eventos

▪️ 09h00 – BC: Galípolo e Picchetti participam de reuniões com ministros de Finanças e presidentes de BCs do Brics

▪️ Lula participa da reunião da 17ª cúpula dos Brics, no Rio

▪️ Bélgica: Reunião do Eurogrupo