O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na noite de domingo (6) que os acordos tarifários negociados pelos EUA com diversos países serão divulgados a partir das 13h (horário de Brasília) desta segunda-feira (7).
Em declaração, Trump afirmou que países alinhados às “políticas antiamericanas do BRICS” terão uma tarifa adicional de 10%, reforçando que não haverá exceções a essa medida.
Segundo o republicano, qualquer nação que se alinhar às posições do grupo multilateral será penalizada com essa tarifa extra.
A declaração sinaliza uma escalada nas tensões comerciais entre os EUA e os países do BRICS, que atualmente têm buscado ampliar sua influência econômica e política no cenário global.
O anúncio foi feito em meio à expectativa da divulgação detalhada dos acordos tarifários, que poderão impactar relações comerciais importantes para a economia americana e internacional.
Presidente da Comissão Europeia teve “boa conversa” com Trump por telefone
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos EUA, Donald Trump, mantiveram uma “boa conversa” no domingo (6), informou um porta-voz da Comissão nesta segunda-feira (7).
O objetivo da União Europeia (UE) permanece o mesmo: fechar um acordo comercial com Washington até a próxima quarta-feira, 9 de julho, para evitar a implementação de tarifas.
“Queremos chegar a um acordo com os EUA. Queremos evitar as tarifas. Acreditamos que elas causam dor. Queremos chegar a resultados em que todos ganhem, e não em que todos percam”, declarou o porta-voz durante a coletiva de imprensa diária da Comissão Europeia.
O governo Trump alertou que enviará cartas notificando os parceiros comerciais que não chegarem a um acordo até 9 de julho sobre as tarifas mais altas, que devem entrar em vigor em 1º de agosto.
A medida faz parte da estratégia americana para pressionar seus aliados a aceitarem os termos negociados.
O momento das negociações ocorre em meio a um cenário global de blocos comerciais em formação, segundo análise do banco Wells Fargo, que destaca a divisão do comércio mundial em três grandes grupos: China, União Europeia e EUA.
De acordo com o banco, o Brasil estaria alinhado ao bloco americano.
No contexto europeu, dados recentes mostraram uma queda de 0,7% nas vendas no varejo da zona do euro em maio ante abril, resultado pior que o esperado por analistas, que previam uma queda de 0,5%, segundo a consultoria FactSet.
A perspectiva de tarifas pode agravar as dificuldades já enfrentadas pela economia regional.