O presidente dos EUA Donal Trump atacou, no último domingo (6), Elon Musk com declarações incisivas, após o bilionário anunciar, a criação do “Partido América”. O presidente norte-americano utilizou a rede social Truth Social para criticar duramente a proposta e classificou a iniciativa como um “desastre total”.
Musk havia divulgado sua intenção na plataforma X (ex-Twitter), afirmando que o sistema bipartidário já não representa os anseios da população. Conforme dados da própria rede, cerca de dois terços dos participantes apoiaram a nova legenda.
Em resposta, Trump afirmou que Musk “saiu completamente dos trilhos” e que seu plano pode gerar “caos e desordem” em um momento político delicado. Assim, o ex-presidente reforçou a defesa do modelo atual, que considera pilar da estabilidade institucional americana.
Reformas republicanas atingem interesses
A tensão entre ambos cresceu logo após o Congresso aprovar um pacote legislativo no feriado de 4 de julho. O projeto, liderado por republicanos, aumentou o teto da dívida e eliminou subsídios federais para veículos elétricos.
Essa mudança afeta diretamente Elon Musk, CEO da Tesla e da montadora X Auto. Trump, por outro lado, comemorou.
Ele destacou que a nova lei acaba com a “obrigatoriedade ridícula” dos carros elétricos, que, segundo ele, prejudicaria consumidores e a indústria automotiva tradicional.
Consequentemente, aliados de Trump passaram a enxergar o novo partido como uma ameaça às eleições de 2026. Eles temem que Musk divida o eleitorado conservador, facilitando o avanço democrata.
Musk desafia sistema e mira eleitores insatisfeitos
Apesar da pressão, Musk manteve sua posição. Ele alegou que tanto democratas quanto republicanos se distanciaram das reais demandas da população americana. Portanto, propôs uma alternativa moderna e inclusiva.
Embora ainda não tenha apresentado um programa claro, o bilionário já mobilizou apoio nas redes sociais. Seu discurso atrai principalmente jovens e entusiastas da tecnologia, que desejam uma política menos polarizada e mais pragmática.
Por fim, aliados de Musk argumentam que sua movimentação política responde à crescente intervenção estatal em setores estratégicos como energia, transporte e inovação.
Ainda assim, a proposta enfrenta resistência entre conservadores tradicionais, que temem perder força no Congresso. Se a fundação do Partido América avançar, Musk pode alterar significativamente o cenário eleitoral dos EUA.
Afinal, seu capital político e influência digital continuam em alta, mesmo diante dos ataques de Trump.