Segundo a última ata divulgada pelo Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), nesta quarta-feira (9), os membros do grupo ainda estão divididos internamente sobre os cortes na taxa de juros.
A ata é referente à reunião do Fed (Federal Reserve) realizada entre os dias 17 e 18 de junho e abrange deliberações da reunião do Comitê que manteve, por unanimidade, a taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, definida em dezembro de 2024.
De acordo com a ata, algumas autoridades presentes na reunião acreditam que as taxas podem cair ainda em julho, mas a maioria permanece preocupada com a pressão inflacionária que pode vir do uso de impostos de importação pelo presidente Donald Trump para remodelar o comércio global, disse o InfoMoney.
Diante desse contexto, as autoridades concordam que a abordagem “wait and see”, cautelosa, segue sendo a mais apropriada. O comitê também explorou formas de melhorar sua estratégia, com foco em medir incertezas e riscos usando ferramentas qualitativas e quantitativas, comunicando melhor cenários econômicos.
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“Os participantes, em geral, concordaram que, com o crescimento econômico e o mercado de trabalho ainda sólidos e a política monetária atual moderada ou modestamente restritiva, o Comitê estava bem posicionado para aguardar por mais clareza sobre as perspectivas para a inflação e a atividade econômica”, afirma a ata.
Embora muitos participantes do comitê concordem que o corte nas taxas de juros é adequado para 2025, houve ampla divergência sobre as perspectivas. A projeção mediana ainda indica dois cortes de juros em 2025, mas sete membros não preveem nenhum corte, e dois esperam somente um.
“Alguns participantes consideraram que os riscos para o mercado de trabalho se tornaram predominantes” diz a ata. O documento ajuda a entender e reflete o resultado das projeções de juros divulgadas após a reunião.
Os investidores esperam um corte inicial na reunião do Fed em setembro e um segundo em dezembro. Já o governador do Fed Christopher Waller, e a vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, afirmaram desde então que acreditam que as taxas podem cair já na reunião de 29 e 30 de julho, versão contestada por investidores, tendo em vista um relatório recente sobre empregos mais forte que o esperado.
