
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD-MS), publicou na tarde desta quinta-feira (10) um pronunciamento oficial sobre a tarifa de 50% imposta ao Brasil pelos EUA na quarta-feira (9).
O ministro disse que telefonou para as principais entidades representativas dos setores mais afetados (o setor de suco de laranja, o setor de carne bovina e o setor de café) para ampliar ações de redução das barreiras comerciais e dar proporcionar o crescimento da agropecuária brasileira.
“Neste momento, vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras. As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas em reciprocidade. As ações proativas acontecerão aqui no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para minimizar os impactos.” escreveu o ministro.
O pronunciamento oficial termina com: “Aqui é a casa da agropecuária brasileira. Estamos juntos e vamos superar este momento difícil”
Café dispara nos EUA após tarifas de Trump ao Brasil
A medida do presidente dos EUA, Donald Trump, da última quarta-feira (9) de sobretaxar as exportações brasileiras em 50% já está sofrendo impactos. De acordo com o jornal diário americano, New York Post, a commodity está em alta nos EUA depois do anúncio da nova tarifa ao maior produtor e exportador global, o Brasil.
O país mantém essa posição há mais de 150 anos. Somente em 2024, o Brasil foi responsável por cerca de 36,8% da produção do mundo. Os EUA são o principal comprador do café brasileiro e os maiores consumidores mundiais.
O anúncio da tarifa abalou imediatamente os mercados de café. Os contratos futuros do café arábica na Intercontinental Exchange subiram para US$ 288,67 por libra, um ganho diário de 0,99%. Já em Nova York subiram mais de 3,5% na manhã de quinta-feira (10) como resposta. Os grãos de arábica, usados em produtos de café de alta qualidade, são originários, sobretudo do Brasil.