Carta aberta

BC diz que vai reforçar comunicação enquanto IPCA estiver acima da meta

O BC não informou quando espera que o IPCA retorne ao centro da meta, de 3%

Prédio do Banco Central em Brasília. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Prédio do Banco Central em Brasília. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O BC (Banco Central) declarou, em carta aberta divulgada na noite de quinta-feira (10), que vai reforçar sua comunicação durante o período em que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) seguir acima da meta.

O esforço da autarquia inclui a explicação das razões para o descumprimento, as medidas adotadas e a evolução do cenário de convergência, como apontou o documento.

“O Banco Central divulgará nova carta, caso a inflação não retorne ao intervalo de tolerância no horizonte esperado ou considere necessário atualizar as medidas ou o prazo esperado para o retorno da inflação ao intervalo”, diz a carta, de acordo com o InfoMoney.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou, também na quinta-feira, que a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,3% em junho — 0,85 ponto percentual acima do teto da meta, que é de 4,50%.

O BC não informou quando espera que o IPCA retorne ao centro da meta, de 3%. Em vez disso, a autarquia projeta que a taxa fique abaixo do intervalo de tolerância apenas no fim do primeiro trimestre de 2026.

Estatais têm déficit de R$ 926 mi em maio, aponta BC

O Banco Central divulgou que as estatais brasileiras apresentaram um déficit de R$ 926 milhões em maio de 2025. 

Esse valor superou o déficit de R$ 698 milhões registrado no mesmo mês do ano passado. Portanto, as empresas estatais enfrentam desafios financeiros crescentes no cenário atual.

Déficit das estatais exclui Petrobras e bancos públicos

O Banco Central exclui a Petrobras e os bancos públicos do cálculo do déficit das estatais. Isso ocorre porque a Petrobras segue regras de governança corporativa semelhantes às das empresas privadas. 

Além disso, ela possui autonomia para captar recursos tanto no mercado interno quanto no externo. Por isso, o déficit divulgado não inclui essas instituições.