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Ibovespa cai, ainda abalado pelos 50%; dólar sobe

O dólar comercial subiu 0,10%, a R$ 5,55.

Bolsa de valores (Foto: Geralt/Pixabay)
Bolsa de valores (Foto: Geralt/Pixabay)

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (11) com queda de 0,41%, aos 136.187,31 pontos. O dólar comercial subiu 0,10%, a R$ 5,55.

A taxa de 50% imposta pelos EUA ainda está entalada na garganta do Ibovespa, que fechou em queda mais uma vez. O analista de investimentos do Andbank, Fernando Bresciani descreve o cenário como “caos perfeito”: a mistura do impasse do IOF, que gera ruído localmente, e o mercado atento às tarifas de Trump internacionalmente.

“Ou seja, o dia foi marcado por incertezas, volatilidade e expectativa por dados que tragam mais clareza ao cenário econômico global.” afirmou Bresciani

No Brasil tivemos a divulgação dos resultados dos dados de serviços, que foram positivos, mas ainda abaixo do esperado. Em maio, o setor avançou 0,1% em comparação com abril, quarto mês seguido de alta.

A valorização do petróleo e do minério de ferro proporcionaram um pouco de alívio para as ações da Vale, da Petrobras e das petro juniores – que ajudaram a diminuir o impacto da queda do Ibovespa. A PetroReconcavo, inclusive, foi a líder das maiores altas.

Karine Damiati, planejadora financeira CFPR e sócia da AVG Capital, acredota que a taxa Selic vai começar um pequeno movimento de queda ainda em 2025. “(…) a elevação das tarifas impostas pelo governo Trump pode sim fazer o cenário mudar. Com a inflação maior e dólar em alta, sem dúvidas pode ser necessário manter os juros em patamar mais alto por mais tempo do que o esperado”.

O dólar oscilou entre R$5,592 e R$5,541, mas conseguiu fechar estável. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,29%, aos 97,87 pontos.

Maiores altas e maiores quedas

Como dito anteriormente PetroReconcavo (RECV3) liderou as maiores altas, com aumento de 3,51%. A empresa é seguida pela MRV (MRVE3), com alta de 3,05%. A terceira foi a Prio (PRIO3), com crescimento de 2,20% e a lista verde fecha com CVC (CVCB3), alta de 1,74%.

A lista vermelha é encabeçada pela Yduq (YDUQ3), com recuo de 7,40%. A empresa é seguida pela BRF (BRFS3), recuo de 4,35%. Marfrig (MRFG3) fechou com recuo de 4,17% e a lista fecha com a Localiza (RENT3), queda de 4,16%.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,40% e 1,21%, respectivamente Prio (PRIO3) valorizou 2,20%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,30%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,13%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,69%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou negativamente em 0,82%. Banco do Brasil (BBAS3) também caiu (0,33%). Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,56% e 0,75%, respectivamente.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 3,60%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,58%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 0,33%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia em queda (e grande parte das outras também), assim como na Europa. Os índices S&P 500 e Nasdaq caíram 0,33% e 0,22%, respectivamente. Dow Jones também caiu e fechou aos -0,63%.

Hoje foi o dia de a UE (União Europeia) se preocupar com as tarifas dos EUA. As negociações entre o bloco e Donald Trump não avançaram, mas a União europeia também não quer retaliar os EUA.

Ontem, quinta-feira (10), o Canadá foi taxado em 35%. Em uma carta publicada em sua plataforma nas redes sociais, o presidente informou ao primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que a nova tarifa entrará em vigor no dia primeiro de agosto e poderá aumentar caso o Canadá retalie.

Nos EUA foi divulgado nesta sexta-feira (11) o PCI (Índice de Preços ao Consumidor) dos EUA. Os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) subiram levemente.