Softwares industriais

WEG (WEGE3) adquire 100% da PPI-Multitask

A operação faz parte da estratégia da companhia de expandir sua atuação em softwares e sistemas de gerenciamento de processos em tempo real

Fonte:Reprodução/ Linkedin
Fonte:Reprodução/ Linkedin

A WEG (WEGE3) comunicou ao mercado recentemente que fechou um acordo para adquirir a fatia remanescente da PPI-Multitask, empresa especializada em automação industrial, soluções MES (Manufacturing Execution System), IIoT (Industrial Internet of Things) e softwares para a indústria.

O valor da transação, que não foi revelado, se refere à parte adicional a ser adquirida pela companhia, já que, em 2019, a WEG havia comprado 51% do capital da PPI-Multitask.

Segundo fato relevante, a operação faz parte da estratégia da companhia de expandir sua atuação em softwares e sistemas de gerenciamento de processos em tempo real. Como apontou o InfoMoney, os fundadores da PPI-Multitask seguirão na operação, garantindo a continuidade do conhecimento técnico e da inovação.

WEG cai 18% no ano e Goldman recomenda venda

Apesar da queda de 18% das ações da WEG (WEGE3) no primeiro semestre de 2025, o Goldmam Sachs manteve recomendação de venda e reduziu o preço-alvo de R$45,70 para r$44,60.

O banco considera que o momento atual, marcado por revisões negativas mas projeções e incertezas externas, ainda oferece pouco espaço para uma reprecificação mais otimista das ações da companhia.

O Goldman Sachs revisou para baixo suas projeções para a WEG, com ajustes de -1% na receita líquida, -2% no Ebitda e -4% no lucro líquido para 2025, 2026 e 2027.

Ainda assim, manteve o múltiplo de preço/lucro estimado em 25 vezes para os próximos 12 meses.

Segundo o banco, o fortalecimento do real frente ao dólar pode dificultar o avanço da receita no segundo semestre, já que cerca de 57% do faturamento da empresa vem do exterior.

A expectativa é que o crescimento da receita líquida desacelere em 2025, passando de 25% no primeiro trimestre para 8% no quarto trimestre, na comparação anual.

Com isso, o foco dos investidores deve seguir voltado para as margens operacionais, especialmente diante dos efeitos cambiais, da composição da receita, ainda com peso relevante dos projetos de energia solar, e da rotação de estoques adquiridos a um câmbio mais elevado.

A projeção do Goldman para a margem Ebitda no segundo trimestre é de 21,7%, levemente acima do 1T25, mas ainda abaixo dos níveis registrados entre 2023 e 2024.