Estados Unidos

EUA devem escalar sanções ao Brasil após operação contra Bolsonaro, diz fonte

“Os EUA estão acompanhando de muito perto os desdobramentos no Brasil”, disseram fontes próximas à Casa Branca

Donald J. Trump, Presidente dos Estados Unidos
Donald J. Trump, Presidente dos Estados Unidos (Foto: Alan Santos / PR/ Agência Brasil)

Os EUA podem intensificar as sanções impostas ao Brasil, chegando a atingir bancos e o mercado financeiro como um todo, proibindo empresas brasileiras de realizarem negócios com o país norte-americano. As informações são de fontes próximas à Casa Branca.

Segundo as fontes, a possibilidade é real e ganhou força após a operação contra Jair Bolsonaro, realizada nesta sexta-feira (18). “Os EUA estão acompanhando de muito perto os desdobramentos no Brasil”, disseram.

A operação que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, enviar uma carta a Bolsonaro, na qual afirma que o aliado é alvo de “ataques” de um “sistema injusto”.

Reação de Trump e possíveis retaliações

“Este julgamento precisa parar imediatamente”, diz o documento, em referência ao processo no qual Bolsonaro é réu no STF (Supremo Tribunal Federal). A investigação trata de um suposto plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022.

A carta de Trump foi divulgada por meio de sua rede social, a Truth Social. No texto, o presidente norte-americano afirmou estar “muito preocupado” com os ataques à liberdade de expressão “tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”, que, segundo ele, seriam promovidos “pelo atual governo”.

Trump tem feito críticas recorrentes ao STF e, especialmente, ao ministro Alexandre de Moraes, em relação à condução do inquérito sobre os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

“Tenho manifestado fortemente minha desaprovação, tanto publicamente quanto por meio de nossa política tarifária”, afirmou Trump na carta.

Impacto das tarifas e resposta brasileira

Os EUA anunciaram recentemente a imposição de tarifas de 50% a produtos brasileiros. A medida foi respondida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu retaliar com base na chamada “lei da reciprocidade” comercial, já em vigor.