Declarou presidente da companhia

Petrobras pode direcionar petróleo dos EUA para a Ásia

No primeiro trimestre de 2025, cerca de 5% das exportações de petróleo da Petrobras foram destinadas ao mercado norte-americano

Petrobras
(Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

A presidente da Petrobras (PETR3, PETR4), Magda Chambriard, declarou nesta quinta-feira (17) que a estatal pode começar a redirecionar o petróleo que vende para os EUA para outros países devido à tarifa de 50% sobre importações do Brasil.

Em entrevista à Reuters, Chambirard disse que as cargas podem ir para mercados da Ásia. Afirmação vem após momento de instabilidade após o anúncio da sobretaxa, tentativas negociação e respostas a ataques.

O mercado reagiu negativamente à afirmação e os papéis terminaram a sessão de quinta-feira em queda. Apesar da repercussão negativa, a executiva minimizou os possíveis efeitos da tarifa sobre os negócios da companhia.

“É pouca coisa (que a estatal exporta para os EUA). Em geral, não estamos muito preocupados, dá para realocar”, afirmou a CEO da Petrobras

No primeiro trimestre de 2025, cerca de 5% das exportações de petróleo da Petrobras foram destinadas ao mercado norte-americano, disse a Suno Notícias. Já no segmento de derivados, os embarques para os EUA representaram 37% de um total de 209 mil barris por dia no período.

A companhia está avaliando enviar uma parcela maior de sua produção para regiões como Ásia e Ásia-pacífico, onde também há uma demanda latente pela commodity brasileira.

Petrobras estuda voltar ao varejo de combustíveis; entenda

Petrobras está considerando o retorno às vendas de combustível no varejo, disse o Bloomberg Linea. Possibilidade surgiu depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o principal executivo da petrolífera reclamaram dos altos preços nos postos.

Após quatro anos fora do negócio, agora conhecido como Vibra Energia (VBBR3), o conselho de administração da Petrobras (PETR3PETR4) deve se reunir nesta semana para discutir a alteração do plano estratégico da empresa para incluir uma presença maior no varejo, disse uma fonte da Bloomberg News.

Ainda não está claro se essa medida envolveria a tentativa de renacionalizar totalmente a Vibra ou a compra de uma participação da operadora de lojas de conveniência e distribuidora de combustíveis para cozinha e outros produtos de petróleo.