De acordo com a Sondagem Industrial feita pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) divulgada nesta sexta-feira (18) mostra que a maior preocupação do setor são os impostos e os juros altos. Os dados são referentes ao mês de junho.
No primeiro trimestre de 2025, 27,1% dos empresários entrevistados afirmavam que os juros elevados estavam atrapalhando os negócios, proporção que subiu para 29,5% no segundo trimestre. Agora na terceira colocação, a falta de demanda intensa foi apontada por 28,3% dos respondentes, ante 27,1% no primeiro trimestre, disse a Veja Negócios.
A primeira colocação entre os maiores empecilhos aos negócios, segundo os industriais, continua sendo a elevada carga tributária, apontada por 36,7% dos entrevistados. A falta ou o custo alto dos trabalhadores qualificados aparece como quarta colocação, apontada por 23,3% das empresas.
No questionário conduzido pela CNI, os executivos podem indicar até três itens, em uma lista com 16 opções, que constituam os principais problemas enfrentados pela empresa.
Tarifa de 50% inviabiliza negócios industriais, diz diretor da CNI
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Jefferson de Oliveira Gomes, declarou nesta terça-feira (15) que a principal preocupação do grupo em relação às tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros está nos impactos de longo prazo.
“Essa questão dos 50% praticamente inviabiliza uma grande quantidade de negócios industriais feitos entre empresas e pessoas. Teremos uma redução de empregos e negócios, mas o efeito de longo prazo é o que mais nos preocupa”, afirmou Gomes, de acordo com o InfoMoney.
As declarações foram feitas durante audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que debateu os efeitos das tarifas anunciadas na semana passada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Gomes também defendeu que o Brasil mantenha o diálogo para tentar reduzir as taxas impostas. “Nossa preocupação é com muita negociação. Sem grandes percalços. Conversar, conversar, conversar”, disse.