Rebalanceamento

Ibovespa: Itaú BBA vê entrada de CURY3 e CPLE3 no índice

O índice pode ter duas inclusões e três exclusões, o que reduziria o número de ações na carteira para 83.

Foto: B3/Divulgação
Foto: B3/Divulgação

O Itaú BBA projeta que o próximo rebalanceamento da carteira teórica do Ibovespa terá mudanças importantes. A nova composição passa a valer em 1º de setembro, com prévias divulgadas pela B3 nos dias 1º, 18 e 29 de agosto.

Segundo o relatório assinado por Daniel Gewehr, estrategista do banco, o índice pode passar por um rebalanceamento “movimentado”, com duas inclusões e três exclusões, o que reduziria o número de ações na carteira para 83, disse o MoneyTimes, via BTG Pactual Notícias.

O estudo aponta a entrada das ações da Cury Construtora (CURY3) e da Copel (CPLE3). Essas duas empresas ultrapassaram o nível minimo de negociabilidade, que mede a frequência e o volume das negociações, exigido pela metodologia do Ibovespa. A CURY3 deve representar 0,19% do índice e a CPLE3 pode alcançar o peso de 0,70%

Por outro lado, as ações da Petz(PETZ3)Pão de Açúcar (PCAR3)São Martinho (SMTO3) estão fora da zona de segurança definida pela B3 para permanência no índice. Isso significa que, caso não haja melhora na liquidez até a divulgação oficial, essas ações devem deixar o principal índice acionário brasileiro.

O banco destaca que Petz e Pão de Açúcar ainda têm chance de se manter no índice, caso apresentem recuperação no volume de negócios nas próximas semanas.

Outro nome que está sendo monitorado pelos analistas é C&A (CEAB3). A ação está próxima do nível necessário para entrar no índice e pode aparecer nas próximas prévias da B3, dependendo da evolução da sua negociabilidade.

Mudança no peso de ações

O modelo apresentado pelo Itaú BBA também prevê mudanças nos pesos de ações já presentes no índice. Os destaques são:

Essas mudanças refletem os limites definidos pela B3 para evitar que ações com alta liquidez concentrem uma fatia excessiva da carteira do índice.

Como funciona o rebalanceamento do Ibovespa?

A carteira do Ibovespa é revisada a cada quatro meses, com base em alguns critérios objetivos. Entre eles, o índice de negociabilidade (IN), o volume de negociação e o status da empresa, explica a matéria do MoneyTimes.

Companhias em recuperação judicial ou com ações negociadas abaixo de R$ 1,00 (penny stocks) não são elegíveis para compor o índice. Por outro lado, o desempenho das ações não é considerado nos critérios de entrada ou saída.

Atualmente, a carteira do Ibovespa conta com 86 papéis de 83 empresas brasileiras.

Antes da nova carteira entrar em vigor, a B3 divulga três prévias para o mercado. A primeira será publicada no dia 1º de agosto. As seguintes saem em 18 e 29 de agosto. A nova composição entra em vigor em 1º de setembro e será válida até o fim de 2025.