O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3 (B3SA3), iniciou o pregão desta segunda-feira (21) em alta, com investidores atentos às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e aos desdobramentos da crise comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Haddad concedeu entrevista ao vivo na manhã desta segunda ao Jornal da CBN, em meio à expectativa por informações sobre como o Brasil responderá às tarifas de 50% anunciadas pelos EUA sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto.
Segundo o ministro, o governo brasileiro trabalha com planos de contingência diante da ameaça de tarifas, mas ressaltou que o objetivo não é retaliar, e sim evitar medidas que comprometam a economia nacional.
Por volta das 10h25 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,35%, aos 133.841,77 pontos.
Já o dólar comercial operava em queda: no mesmo horário, a divisa recuava 0,44%, a R$ 5,56.
Ibovespa avança com novidades sobre tarifas
O mercado volta os olhos nesta segunda-feira (21) para os desdobramentos no cenário interno e externo. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou as tarifas de 50% que os Estados Unidos anunciaram sobre produtos brasileiros, afirmando que “tem medida que é inócua, vai ferir mais a economia brasileira [do que ajudar]”.
Segundo Haddad, o plano em elaboração pela Fazenda avalia os prós e contras de cada possível resposta. Ele também ressaltou que todas as alternativas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de qualquer decisão. “Nosso objetivo não é retaliar. É chamar atenção para o fato de que essas ações [dos EUA] são contraproducentes. Não colaboram nem com eles, nem conosco”, afirmou.
No cenário externo, em mais um capítulo do embate entre os dois países, o senador norte-americano Marco Rubio declarou na sexta-feira (19) que Washington está restringindo a emissão de vistos para autoridades do Judiciário brasileiro e seus familiares imediatos, citando objeções aos processos legais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante o fim de semana, o presidente Lula classificou o movimento do governo dos EUA como “mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento”.
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