O preço do café caiu em julho e ajudou a derrubar, mais uma vez, o custo da alimentação no país. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (25), os alimentos ficaram, em média, 0,06% mais baratos em julho. É a segunda queda seguida no grupo de alimentação e bebidas.
Entre os produtos que puxaram essa queda está o café, incluído no grupo de bebidas e infusões, que recuou 0,22% no mês, a primeira queda de preço da commodity desde dezembro de 2023.
O movimento foi sentido principalmente em cidades como Fortaleza, onde o café caiu 2,19%, e São Paulo, com queda de 1,45%.
Outros itens do grupo também ajudaram a aliviar o bolso do consumidor, como a batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). Por outro lado, alguns alimentos subiram, como o tomate, que ficou 6,39% mais caro em julho.
Apesar disso, demais itens, fizeram o indicador IPCA-15 como um todo, acelerar para 0,33%, acima da expectativa de 0,30%.
Mesmo com a queda de julho, o café acumula uma alta de 22,42% nos últimos 12 meses, mantendo-se como um dos itens que mais pesaram no orçamento ao longo do ano.
IPCA-15: prévia da inflação acelera para 0,33% em julho
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, apresentou crescimento de 0,33% em julho, após alta de 0,26% em junho. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número ficou um pouco acima do esperado. A expectativa do consenso Refinitiv era de alta mensal de 0,30%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 chegou a 5,30%, levemente acima dos 5,27% registrados no período imediatamente anterior, como apontado pelo InfoMoney.
Impacto do IPCA-15 por Grupo
O principal impacto veio do grupo Habitação, com variação de 0,98% e contribuição de 0,15 ponto percentual no índice geral. Nesse sentido, o destaque foi o aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial, fator com maior influência individual (0,12 p.p.) na composição do IPCA-15 de julho. A bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, foi mantida.
Os reajustes tarifários em diversas capitais contribuíram para o avanço no grupo. Entre elas, São Paulo (6,10%), Porto Alegre (5,07%), Curitiba (3,33%) e Belo Horizonte (3,89%) registraram aumentos significativos. Em contrapartida, uma concessionária do Rio de Janeiro teve redução de 2,16% na tarifa.
Além disso, outros grupos que registraram alta foram Transportes (0,67%), Despesas Pessoais (0,25%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%). O grupo Transportes foi impulsionado pelas passagens aéreas, com alta de 19,86%, e pelo transporte por aplicativo, que subiu 14,55%. Combustíveis, por outro lado, recuaram 0,57% no mês.