
A Nasa perderá aproximadamente 3,9 mil funcionários como parte do plano de redução do quadro de pessoal federal iniciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump — mesmo com o republicano mantendo a determinação de que a agência espacial norte-americana realize missões tripuladas à Lua e a Marte.
A agência comunicou na última sexta-feira (25) que cerca de 3 mil funcionários aderiram à segunda rodada do plano de demissões voluntárias. Na primeira fase, 870 trabalhadores aceitaram deixar a Nasa.
O número total de funcionários caiu de 18 mil para pouco mais de 14 mil desde o retorno de Trump à Casa Branca, o que representa uma redução superior a 20%. Os colaboradores que optaram pela adesão ao programa de desligamento deixarão seus cargos de forma gradual.
“A segurança continua sendo uma prioridade máxima para nossa agência, enquanto equilibramos a necessidade de nos tornarmos uma organização mais ágil e eficiente. Trabalhamos para garantir que continuemos plenamente capazes de buscar uma era dourada de exploração e inovação, incluindo a Lua e Marte”, explicou a direção da Nasa, segundo informações do InfoMoney.
Orçamento e prioridades da NASA
O orçamento proposto pelo governo Trump para a agência prioriza o retorno do homem à Lua e a realização da primeira missão tripulada a Marte. Por outro lado, o texto reduz drasticamente os investimentos em programas científicos e climáticos.
Segundo o comunicado, a administração também removeu sistematicamente menções às mudanças climáticas dos sites governamentais, além de ter cortado significativamente o financiamento federal destinado à pesquisa sobre aquecimento global.
Ainda de acordo com a nota, autoridades ligadas ao governo Trump têm recrutado cientistas para dar suporte à revogação da “declaração de risco” de 2009, que classifica os gases de efeito estufa como uma ameaça à saúde pública e ao bem-estar.
Disputa espacial e objetivos futuros
Por fim, a Casa Branca afirmou que deseja direcionar os recursos para “vencer a China na corrida para voltar à Lua e levar o primeiro humano a Marte”. Pequim, por sua vez, pretende realizar seu primeiro pouso lunar tripulado até 2030.