
A cotação dos contratos futuros do minério de ferro seguem bem acima do nível psicológico de US$100 por tonelada na manhã desta terça-feira (29). O movimento ocorre enquanto investidores monitoram de perto as negociações comerciais renovadas entre a China e os EUA em busca de sinais de progresso.
O minério de ferro de referência de setembro na Bolsa de Cingapura avançou 1,9%, para US$102,7 a tonelada.
As negociações entre as principais autoridades dos EUA e chinesas em Estocolmo deve seguir nesta terça-feira para resolver as disputas econômicas de longa data entre as duas maiores economias do mundo.
Apesar das duas frentes não terem laços profundos em termos de comércio direto de aço e de minério de ferro, principal matéria-prima siderúrgica, os atritos comerciais podem obscurecer as perspectivas de demanda na China, segundo a avaliação de analistas.
Além disso, também deu suporte aos preços do minério de ferro a contração nas chegadas de cargas, com as chegadas nos principais portos recuando 7,6% em relação à semana anterior, para 23,2 milhões de toneladas na semana de 27 de julho, segundo dados da consultoria Mysteel.
“Os fundamentos do mercado de minério de ferro estão relativamente saudáveis em meio à queda nas chegadas e à produção resiliente de ferro-gusa, dando suporte aos preços”, disseram analistas da Shengda Futures em nota, de acordo com o InfoMoney.
Minério de ferro pesa sobre Vale (VALE3), que despenca
As ações da Vale (VALE3) fecharam em queda nesta quarta-feira (25), acompanhando o recuo do minério de ferro nas bolsas asiáticas. Perto do encerramento do pregão, os papéis recuavam 0,20%, cotados a R$ 50,44. Durante o dia, chegaram a tocar a mínima de 1,62%. A ação encerrou a sessão com leve queda de 0,12%, a R$ 50,48.
O contrato da commodity caiu 0,43% na bolsa de Dalian, na China. O movimento reflete sinais de menor demanda e maior cautela no mercado internacional. Com isso, o desempenho do setor de mineração e siderurgia voltou a ser pressionado na Bolsa brasileira.
A pressão se estendeu a outras mineradoras e siderúrgicas, que figuraram entre as principais baixas do dia no Ibovespa (IBOV).