Após reunião de Alckmin

Haddad afirma que Brasil ‘prosperará’ em negociações com EUA

Haddad disse a jornalistas, em Brasília, que o governo do presidente Lula não está focado em uma data para concluir as conversas

(Reprodução: Paulo Pinto/Agência Brasil)
(Reprodução: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (29) que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, teve uma terceira reunião com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Segundo Haddad, o Brasil “prosperará” nas negociações comerciais com o país norte-americano.

Haddad disse a jornalistas, em Brasília, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está focado em uma data para concluir as conversas com Washington.

A declaração do ministro vem dias antes da entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA. De acordo com o Investing, Haddad afirmou ainda que a preocupação com um prazo poderia inibir as negociações.

Haddad culpa relação Trump-Bolsonaro por tarifas, mas quer negociar

O Brasil mantém sua disposição para negociar as tarifas dos EUA, apesar das incertezas vindas de Washington. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta segunda-feira (21) que o governo brasileiro não quer confrontos, mas sim soluções.

Durante entrevista à rádio CBN, ele afirmou que a origem do impasse comercial está diretamente ligada à relação pessoal entre Donald Trump e Jair Bolsonaro.


Haddad destacou que os Estados Unidos não possuem déficit comercial com o Brasil, o que enfraquece o argumento para a tarifa de 50%. Por isso, segundo ele, a questão é política, e não econômica.

Além disso, o ministro criticou setores brasileiros que atuam contra o próprio país. “Alguns grupos internos concorrem contra os interesses nacionais”, afirmou. Dessa forma, o governo insiste em buscar um caminho diplomático, mesmo com obstáculos internos.

Seguindo a orientação direta do presidente Lula, o governo decidiu manter o engajamento contínuo com os Estados Unidos. Haddad afirmou que o Brasil continuará à mesa de negociação, independentemente das “idas e vindas” do governo americano. 

Segundo ele, não há razão para distanciamento entre os dois países. Pelo contrário, a cooperação econômica deve prevalecer, especialmente diante de um cenário global cada vez mais volátil.