As ações da Amazon recuavam quase 8% no pré-mercado desta sexta-feira (1º), após o crescimento da divisão de computação em nuvem (AWS) desapontar investidores.
O desempenho ficou aquém dos resultados robustos apresentados por rivais como Microsoft e Alphabet, que têm se beneficiado do impulso da inteligência artificial.
No segundo trimestre, a AWS registrou alta de 17,5% na receita, mas a divisão Azure, da Microsoft, cresceu 39%, enquanto o Google Cloud avançou 32%. A margem de lucro da AWS também recuou no período.
“A AWS não foi o nocaute que muitos esperavam, o que mostra como a confiança dos investidores hoje está fortemente ancorada na narrativa da IA”, avaliou Matt Britzman, analista sênior da Hargreaves Lansdown.
Apesar de a AWS representar uma fatia menor da receita total da Amazon, ela responde por cerca de 60% do lucro operacional da empresa.
Tarifas e incertezas no varejo
No varejo, a Amazon afirmou que ainda não sentiu impactos significativos das tarifas de importação impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo o CEO Andy Jassy, a demanda permanece estável, mas o cenário segue incerto, especialmente em relação às importações da China.
Para o J.P. Morgan, o efeito das tarifas pode surgir nos próximos trimestres, já que boa parte do estoque vendido no segundo trimestre foi recebido ainda no início do ano.