O Bradesco avalia os impactos da Lei Magnitsky após os Estados Unidos sancionarem o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A legislação, criada para punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos, reacendeu o alerta entre instituições financeiras que atuam no mercado americano. Por isso, o banco iniciou uma apuração mais profunda sobre a aplicação da norma.
Banco aguarda pareceres jurídicos antes de adotar medidas
O Bradesco já elaborou um parecer interno. No entanto, aguarda dois documentos de escritórios jurídicos americanos para entender o alcance exato da legislação. “Não discutimos a lei, nós cumprimos a lei”, afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, durante coletiva de imprensa que apresentou os resultados do segundo trimestre de 2025.
Além disso, Noronha explicou que a equipe jurídica analisa todas as possibilidades. Assim que receber os pareceres finais, o banco decidirá como agir. Embora o tema ainda gere dúvidas, o executivo garantiu que a instituição segue comprometida com a legislação vigente em todas as jurisdições.
Presença nos EUA eleva exposição do Bradesco à lei
A operação do Bradesco nos Estados Unidos inclui uma agência, uma filial bancária e duas broker-dealers. Dessa forma, o banco mantém uma atuação relevante no mercado americano. Segundo a análise inicial, a Lei Magnitsky pode afetar qualquer instituição com negócios no país — inclusive estrangeiras.
Bradesco aposta em saída diplomática e continuidade operacional
Apesar das incertezas, Noronha demonstrou otimismo. Ele espera que o impasse se resolva por meio do diálogo entre autoridades. Nesse contexto, o Bradesco manterá suas atividades normalmente e reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e a conformidade legal.