O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (6) que a autarquia segue dando “continuidade ao trabalho de inovação”. Contudo, destacou que, por natureza, a instituição é conservadora, o que torna o processo mais desafiador.
“Costuma-se dizer que, no Banco Central, você deve ser sempre o primeiro dos pessimistas e o último dos otimistas”, afirmou Galípolo. Ele ressaltou que “fazer inovação significa poder errar e aprender com o tempo, e isso é especialmente difícil para o Banco Central”.
“De um lado, o conservadorismo e a prudência, sempre demandados de uma autoridade monetária; de outro, a inovação, que exige assumir riscos, errar e aprender — algo que não costuma ser compatível com o perfil típico da instituição”, completou.
Galípolo sobre o Pix
Desde seu lançamento, o Pix já acumula mais de 158 milhões de chaves registradas, mais de 250 milhões de operações e um número de usuários superior à população brasileira, considerando que 159 milhões de pessoas físicas e 15 milhões de empresas utilizam o meio de pagamento.
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“Atualmente, com o Pix, temos mais de 5 bilhões de transações e um volume transacional superior a R$ 2,8 trilhões apenas em 2025”, disse Galípolo — corrigindo números que haviam sido apresentados de forma confusa durante o discurso.
Segundo ele, o avanço do Pix só foi possível graças ao que chamou de “corrida do bastão”: uma transição coordenada entre os presidentes do BC, que permitiu continuidade no desenvolvimento do sistema de pagamentos instantâneos.
Galípolo também afirmou que o Pix contribuiu significativamente para o aumento da bancarização no país, atraindo mais pessoas para o sistema financeiro formal. Ele ainda rebateu a ideia de que o Pix “canibaliza” outras formas de pagamentos, como cartões de crédito, débito e pré-pagos.
