De acordo com a Abrasce

Shoppings: vendas devem crescer 2,2% no Dia dos Pais

Presentes estão ligeiramente mais caros em comparação a 2024, mas ainda seguem abaixo da inflação, segundo a FecomercioSP

Foto: Shopping / CanvaPro
Foto: Shopping / CanvaPro

O Dia dos Pais deste ano, comemorado neste domingo (10), será um pouco mais caro em comparação ao ano passado, mas ainda abaixo da inflação – o que deve agitar as vendas de presentes no Brasil.

As vendas em shoppings devem crescer 2,2% em comparação a mesma data em 2024, alcançando cerca de R$ 4,3 bilhões em movimentação, de acordo com o levantamento da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).

O levantamento foi realizado entre os dias 21 de julho e a última terça-feira (29) sobre as expectativas de fluxo de visitantes, ticket médio e ações promocionais:

  • 78% dos shoppings esperam aumento nas vendas;
  • Ticket médio deve chegar a R$ 210,26 – aumento de 5,1%;
  • 58% dos shoppings projetam maior circulação de público.

Neste ano, presentear será mais caro (alta de 3,41%), segundo o levantamento da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. Apesar do aumento, o encarecimento está abaixo da inflação acumulada em 12 meses (5,3%).

Presentes mais procurados:

  • Vestuário (82%)
  • Artigos esportivos (77%)
  • Calçados (76%)

Presentes com maior aumento de preços:

  • Consoles de videogames (7,15%)
  • Produtos para cabelo (6,97%)
  • Instrumentos musicais (6,83%)
  • Camisetas (6,05%)
  • Aparelhos de som (5,05%)
  • Computadores (4,75%)

Presentes com redução de preço:

  • Aparelhos telefônicos (-0,05%)
  • Cuecas (-0,76%)
  • Mochilas (-1,32%)

Dia dos Pais deve ser o melhor para o varejo desde 2014

Em levamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta que, em 2025, a data comemorativa deve movimentar cerca de R$ 7,84 bilhões em vendas, o que representaria o melhor do setor desde 2014 e o crescimento de 3,2% em relação ao ano passado, já descontada a inflação.

O otimismo do varejo ainda deve implicar contratação do maior contingente de trabalhadores temporários para o período em 12 anos. A entidade estima que a oferta deve ser de 11.530 vagas para atender à demanda sazonal, com hiper e supermercados liderando a busca por pessoal, com 5,2 mil postos, seguindo por lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 2,01 mil vagas, e lojas de vestuário, com 1,93 mil vagas.

Roupas e vestimentas devem liderar intenções de compra

Quanto às vendas, as roupas devem ser o presente mais procurado para a ocasião. Somente, o setor deve faturar sozinho R$ 3,23 bilhões, com os produtos de perfumaria e cosmético ocupando a segunda colocação na preferência dos consumidores, somando R$ 1,57 bilhão, pouco à frente dos itens de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, cujo faturamento deve ser de R$ 1,26 bilhão. Os três segmentos juntos devem corresponder a quase 77% das vendas totais.

Cesta do Dia dos Pais mais cara

A pesquisa mostra que, dos 13 grupos de bens e serviços impactados pela data, três devem apresentar recuo nos preços na comparação anual, com televisores (-1,0%), bebidas alcoólicas (-1,3%) e aparelhos telefônicos (-1,5%) pesando menos no bolso.

No sentido oposto, aparecem alimentação fora de casa (+8,2%), livros (+6,0%) e perfumes (5,5%) no top 3 de maiores altas. No agregado, a cesta do Dia dos Pais deve encarecer 5,8%, acima dos 5,0% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período, o que reforça a importância da pesquisa das famílias.

Segundo o CNC, o salário médio de admissão para os temporários deverá ficar em R$ 1.890, com um avanço de 5,5% comparado a 2024, e a taxa de efetivação após o período promocional pode chegar a 15%, o maior percentual desde 2021. A combinação de vendas aquecidas com o quadro inflacionário sob controle abre a oportunidade de converter parte desses temporários em vínculos permanentes, fortalecendo o emprego no comércio ao longo do segundo semestre.