Sobre o tarifaço

Alckmin se reúne com representante da embaixada dos EUA

O encontro ocorreu fora da agenda. As tarifas de 50% dos EUA entraram em vigor nesta quarta-feira (6)

O vice-presidente Geraldo Alckmin, fala durante 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), realizado no Palácio do Itamaraty. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
O vice-presidente Geraldo Alckmin, fala durante 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), realizado no Palácio do Itamaraty. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniu nesta quinta-feira (7) com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

O encontro ocorreu fora da agenda. As tarifas de 50% dos EUA entraram em vigor nesta quarta-feira (6). Informações via Agência Brasil.

No que tange as negociações sobre o tarifaço, Escobar é o principal interlocutor do governo de Donald Trump no Brasil. Até então, o governo norte-americano não designou um embaixador para o país, após a saída de Elizabeth Bagley, em janeiro deste ano.

Antes de se reunir com Alckmin, Escobar se reuniu com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS). Após sair do ministério, Escobar esteve na Câmara dos Deputados.

Trump comemora entrada em vigor de tarifas: “É meia noite!”

O presidente dos EUA, Donald Trump, comemorou a entrada em vigor das novas tarifas comerciais sobre dezenas de países, implementadas à 1h01 desta quinta-feira (7), pelo horário de Brasília.

“É meia-noite!!! Bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América!”, escreveu Trump em publicação na rede Truth Social.

Em outro post, afirmou: “Bilhões de dólares, principalmente de países que têm se aproveitado dos Estados Unidos por muitos anos, rindo ao longo do caminho, começarão a fluir para os EUA. A única coisa que pode parar a grandeza da América seria um tribunal de esquerda radical que quer ver nosso país falhar!”

As chamadas “tarifas recíprocas” atingem diretamente 94 países, entre eles o Brasil.

O governo brasileiro está sujeito à alíquota geral de 10%, além de um adicional de 40%, imposto por Trump sob o argumento de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As novas alíquotas, que variam de 10% a 50%, são parte da estratégia de Trump para reduzir o déficit comercial dos EUA sem provocar grandes rupturas nas cadeias globais de suprimento, pressionar a inflação ou gerar retaliações severas de parceiros.